Quase todos os mandados de prisão preventiva, ou seja, sem prazo para expirar e com cumprimento previsto durante a Operação Égide, nesta quarta (21), foram executados durante a manhã.

Das 47 medidas expedidas, apenas uma segue em aberto, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, e entre as pessoas presas, 14 já estavam dentro do sistema penal. A força-tarefa cumpre ainda 45 ordens de busca e apreensão, que geraram prisões em flagrante em mais dois casos, e três adolescentes foram apreendidos.

O foco da ação, deflagrada nas cidades de Cambé e Londrina, no norte do Estado, são três organizações criminosas com membros em cadeias dentro e fora do Estado. Entre os crimes praticados pelos bandos estão o tráfico de drogas, roubo a veículos e residências, corrupção de menores e homicídios que, de acordo com o secretário de Segurança Pública, Júlio Reis, já diminuíram bastante nos primeiros três meses deste ano na comparação com o último trimestre de 2017.

Ele também fala do alcance das quadrilhas nos presídios.

Mais de 200 policiais civis e militares participam da Operação, cujo nome, do grego, significa escudo. Dois helicópteros e também o canil da Guarda Municipal de Londrina apoiam o trabalho, segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Maurício Tortatto.

As investigações começaram no ano passado, quando duas das quadrilhas teriam entrado em guerra pela disputa de pontos de tráfico na região. Já a terceira organização criminosa foi descoberta ao longo do trabalho de apuração.

Nove pessoas haviam sido presas até a operação de hoje, entre elas uma advogada flagrada com quatro quilos de maconha e 120 gramas de cocaína, e um homem que tinha sete mandados de prisão em aberto e era foragido da Penitenciária de Londrina. Um adolescente também havia sido apreendido por envolvimento nos crimes praticados pelas quadrilhas.