Política

Processo de cassação da vereadora Kátia dos Animais de Rua vai ao plenário da Câmara

 Processo de cassação da vereadora Kátia dos Animais de Rua vai ao plenário da Câmara

(Foto: Divulgação/CMC)

A Comissão Processante aberta para apurar denúncias contra a vereadora de Curitiba Kátia Dittrich decidiu nesta sexta-feira (8) encaminhar o processo de cassação para o Plenário da Câmara. O relatório do vereador Osias Moraes (PRB), que propôs uma suspensão da vereadora por 90 dias, foi rejeitado pelos outros dois integrantes da comissão. Eles aprovaram um voto em separado apresentado pelo presidente, Cristiano Santos (PV), que defendeu que a denúncia siga para Plenário com o pedido de cassação do mandato.

Nesta semana, Kátia dos Animais de Rua, como é conhecida a vereadora, foi expulsa do partido ao qual estava filiada, o Solidariedade. Ela é acusada de ter se apropriado de parte do salário de seis ex-comissionados do gabinete na Câmara de Vereadores. Kátia nega que tenha feito qualquer pedido ou exigência de repasses financeiros. Ela admite, no entanto, que, para financiar ações de proteção aos animais, se beneficiou de um empréstimo consignado feito em nome de uma ex-funcionária, de que também era amiga há muitos anos.

A vereadora diz que foi avalista do empréstimo e que tem pago todas as parcelas à instituição financeira. Ela conta que, inclusive, reembolsou duas prestações descontadas diretamente do salário da ex-funcionária. Segundo a defesa da vereadora, os denunciantes foram cooptados entre ex-servidores que deixaram os cargos “comprovadamente com rancor, mágoas e motivos pessoais diversos”.

O relator do processo na Comissão Processante apontou diversas contradições dos denunciantes, mas disse ter identificado infrações ético-disciplinares. Por esse motivo, Osias Moraes propôs a suspensão da vereadora por 90 dias.

Para o relator Osias Moraes, a posição partidária interfere nas decisões da Câmara dos Vereadores. Segundo ele, trata-se de um processo político.

O presidente da Comissão Processante, Cristiano Santos (PV), diz ter se separado pautado na análise jurídica dos fatos para elaborar o voto. Ele concorda que depoimentos de denunciantes foram contraditórios, mas defende que a quebra do decoro está caracterizada e deve ser submetida ao demais vereadores da Câmara.

O terceiro integrante da Comissão Processante, Toninho da Farmácia (PDT) concordou com as contradições expostas pelo relator, mas acolheu o voto em separado do presidente. O processo foi encaminhado para a Presidência da Casa para que seja marcada a data de votação em Plenário.

A Câmara de Vereadores tem apenas duas semanas de trabalho antes do recesso. A última sessão ordinária está marcada para 20 de dezembro. Os integrantes da Comissão Processante mantêm o compromisso de resolver o caso ainda neste ano. Para que o mandato da vereadora Kátia Dittrich seja cassado, são necessários 26 votos, que correspondem a dois terços dos 38 vereadores da Câmara.

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