O Tribunal de Contas do Paraná alertou hoje (quarta), em evento na Federação das Indústrias Curitiba, empresas e construtoras de todo o Estado sobre a criação de um Laboratório de amostras para fiscalização em campo das obras de pavimentação asfáltica.

Engenheiros e técnicos devem colher, já no segundo semestre de 2017, amostras nas obras em andamento para certificar o cumprimento de editais de licitação. O objetivo é interromper com antecedência obras que eventualmente contenham irregularidades. A metodologia, de maneira experimental, foi aplicada em Tuneiras do Oeste, que teve uma obra paralisada por problemas na qualidade do asfalto.

O Tribunal de Contas determinou a devolução de 110 mil reais. Nos próximos seis meses, o laboratório pretende colher mil e setecentas amostras de asfalto para comparar com as especificações dos editais.

De acordo com o presidente do Tribunal de Contas, Durval Amaral, o aviso às empresas é um alerta de que será mais difícil fraudar os contratos.

O Tribunal de Contas também divulgou hoje (quarta) dados de economia gerada aos municípios por ações preventivas de fiscalização. De acordo com os dados, de 37 editais de obras públicas fiscalizadas no Paraná no ano passado, 7% do valor total dessas obras teriam sido pagos de maneira irregular. A fiscalização teria trazido a economia de 8 milhões de reais, dos 116 milhões gastos nessas obras.

Com um dos números mais expressivos, a projeção da economia com fiscalização de aposentadorias e pensões chega a 615 milhões nos próximos 15 anos. Nas fiscalizações de despesas com combustíveis utilizados em veículos de Câmaras e Prefeituras houve economia de 83 milhões em cinco anos ao impedir ou solicitar reembolso por irregularidades.

Em 2011, os municípios do Paraná gastaram 478 milhões de reais em combustíveis. Em 2016, foram 446 milhões. As diárias de políticos e funcionários com viagens também caiu. Foram 61 milhões gastos em 2015, contra 53 milhões e meio em 2016.