O número de feminicídios teve redução de 17% nos primeiros cinco meses de 2021, no Paraná, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Em relação ao mesmo período em 2020, o estado passou de 34 para 28 registros. Nesta quinta-feira, 22 de julho, é marcado o Dia de Combate ao Feminicídio no Paraná.

O crime de homicídio, quando praticado contra uma mulher, pode ter a agravante do feminicídio, conforme explica a advogada, mestra em Direito e especialista em Direito Penal e Criminologia, Ana Paula Kosak.

Apesar da redução, o Paraná é o sétimo estado com o maior número de casos de feminicídio no Brasil, segundo dados do Anuário da Segurança Pública de 2021, feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Um levantamento do Ministério Público do estado apontou que, em 2021, um caso ou tentativa de feminicídio foi registrado a cada dois dias no estado.

A delegada da Delegacia da Mulher, Vanessa Alice, destaca que o feminicídio é o ápice da violência doméstica. Os homens que cometem crimes de feminicídio costumam crescer tendo a violência como algo normal.

A delegada lembra que o feminicídio não acontece repentinamente, ele é uma consequência de pequenas violências diárias, as quais a mulher deve estar atenta.

A data foi criada em memória de Tatiane Sptizner, advogada de Guarapuava que foi morta pelo marido em julho de 2019. Na época, as imagens de câmeras de segurança do prédio em que o casal morava, que mostram o ex-marido perseguindo e agredindo Tatiane, geraram repercussão. A mulher vítima de violência doméstica pode denunciar pelos telefones 192, 180 e 181.

Em Curitiba, o telefone da Delegacia da Mulher é o 3219-8600. Outra possibilidade é fazer o Boletim de Ocorrência virtual, em que a vítima não precisa ir até a Delegacia. Após a denúncia, a Polícia averigua os fatos e a mulher pode ter a liberdade e a integridade preservadas.

Reportagem: Larissa Biscaia