O preço ao consumidor final das proteínas animais e do leite deve cair no segundo semestre deste ano, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).

O boletim elaborado pelos técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento aponta que a baixa nos preços do milho e da soja está refletindo diretamente na queda do custo de produção das proteínas animais, principalmente suínos e frangos, além do leite.

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Boa parte da alimentação animal conta com esses dois grãos, que estão entre os mais cultivados no Paraná. Conforme os dados do Deral, em 2022, o quilo de suíno vivo teve um custo médio de produção de R$ 7,44.

Nos primeiros meses deste ano, o custo caiu para R$ 6,71, uma redução de quase 10%. De acordo com o analista do Deral, Edmar Gervásio, devido ao estoque dos produtores, é possível que essa redução no preço das proteínas animais só chegue ao consumidor final nos últimos meses do ano.

Em relação ao leite, em abril deste ano, houve queda de 1,3% no custo de produção em comparação ao mês anterior. Para o analista do Deral, com a redução dos preços do milho e da soja, diversos outros itens básicos de alimentação podem ser afetados, além das carnes, como é o caso do leite.

Conforme o boletim do Deral, com os preços atuais, o produtor precisaria de cerca de 18 litros de leite para comprar uma saca de milho. No mesmo período do ano passado, seria necessário o dobro para pagar a mesma saca.

Os dados foram levantados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento entre os dias 26 de maio e 1° de junho.

Reportagem: Leo Coelho