Polícia Civil substitui delegado de Pinhais por “baixa produtividade”
Hormínio de Paula Lima Neto tinha índice de apenas 20% de resolução de homicídios
O delegado chefe de Pinhais, Hormínio de Paula Lima Neto foi substituído por baixa produtividade na resolução de casos de homicídio. A decisão foi tomada pelo Colegiado, por unanimidade de votos, que decidiu designar para a posição o delegado Guilherme Rangel de Melo Alberto, que estava no comando do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes. Segundo o ofício de remoção do cargo, no que se refere a investigações de homicídios, Hormínio de Paula teve “uma das piores “performances” da Divisão Metropolitana em 2023, com apenas 20% de resolubilidade”.
A decisão de retirada do delegado do cargo também levou em consideração o aumento do número de policiais civis à disposição para os trabalhos. O documento ainda reforça que a remoção tem como meta a melhora da qualidade e da eficiência na prestação dos serviços à população. (a reportagem tenta contato com o delegado ou a defesa para posicionamento A Polícia Civil divulgou nos últimos anos o índice de resolução apenas da capital, que chegou em 2020 à 86% e no primeiro trimestre de 2021, ultrapassou os 100%.
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Isso é possível porque, para este cálculo, se leva em consideração as resoluções do período em relação a quantidade de crimes registrados. Não necessariamente as resolução são dos crimes cometidos naquele momento, podem ser crimes antigos. Já o índice de resolução de crimes do estado não é divulgado pela Polícia Civil. No ano passado, a BandNews divulgou um dado da pesquisa “Onde Mora a Impunidade?”, do Instituto Sou da Paz, referente ao ano de 2019.
Pelos critérios desta pesquisa, o índice de resolução de homicídios paranaense foi de 49%, pouco acima da média nacional, que foi de 37%. Apesar do pedido da polícia para esclarecer que os critérios adotados pela corporação diferem da pesquisa divulgada e correspondem a organismos internacionais de monitoramento, a Polícia não nops apresentou os índices estaduais.
Hoje novamente reforçamos este pedido mas ainda sem resposta. A gente fica aqui no aguardo destes dados, com espaço aberto para os esclarecimentos da Polícia Civil do Paraná.
Reportagem: Amanda Yargas