Gaeco cumpre mandados em investigação sobre Bibinho
Ex-diretor da Alep é suspeito de usar áreas agrícolas para lavagem de dinheiro
O Gaeco cumpre novos mandados judiciais para aprofundar as investigações sobre um esquema de lavagem de dinheiro operado na Assembleia Legislativa nos anos 90 e 2000. Com o apoio de investigadores de Goiás e Minas Gerais, o Ministério Público do Paraná fez sete buscas e apreensões nesta quarta-feira (12). Embora esteja no centro das investigações, o ex-diretor-geral da Alep, Abib Miguel, não foi um alvo direto das ações. Apesar disso, os endereços visitados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, de alguma forma, estavam relacionados à Bibinho.
Segundo as investigações, a exploração agrícola era usada pelo ex-diretor para lavagem de dinheiro. Foram apreendidos telefones celulares, computadores e documentos. Em um dos endereços visitados em Minas Gerais, foi encontrado mais de 1 milhão de reais em espécie. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em território mineiro e outros quatro no estado de Goiás.
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O Ministério Público do Paraná aponta que a ação desta quarta-feira (12) é uma continuação de outra operação realizada em setembro de 2021. Naquela ocasião, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Paraná, em São Paulo e em Goiás. As investigações indicavam diferentes formas de falsificação ou simulação para ocultar o dinheiro fruto da exploração agrícola de propriedades rurais de Bibinho. As áreas tinham sido sequestradas judicialmente.
Abib Miguel foi alvo de várias operações do Ministério Público do Paraná, como Ectoplasma e Diários Secretos. A defesa de Bibinho diz que não foi informada sobre os novos mandados porque, neste caso, o ex-diretor-geral da Alep não foi alvo direto das ordens judiciais.
Reportagem: Angelo Sfair