R$ 1,6 milhão são aplicados por desmatamento no Paraná
As ações de fiscalização aconteceram em municípios da região Oeste, em setembro
Mais de R$ 1,6 milhão foram aplicados por desmatamento ilegal na região Oeste do Paraná. O balanço da operação de fiscalização foi divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Água e Terra (IAT). Ao todo, foram emitidos 15 Autos de Infração Ambiental.
As ações foram realizadas nos municípios de Campo Bonito, Catanduvas, Diamante do Sul e Três Barras do Paraná, entre os dias 13 e 26 de setembro. A área total embargada foi de cerca de 190 hectares.
Quase metade (7) dos autos foram aplicadas na região de Diamante do Sul, para um único proprietário. Ele recebeu mais de R$ 1,3 milhão em multas por desmatamento ilegal em 164 hectares de vegetação nativa.
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A força-tarefa do IAT contou com o apoio do helicóptero do Batalhão de Operações Aéreas (BPMOA). Para a engenheira florestal de Cascavel do IAT, Aline Heberle, a quantidade de hectares desmatados na região impressionou a equipe de fiscalização.
Na região Oeste do Paraná, já foram embargados e iniciado o processo de recuperação ambiental em cerca de 800 hectares de áreas desmatadas, em 2023. Conforme o Relatório Anual do Desmatamento do Brasil divulgado em junho pela plataforma colaborativa MapBiomas, o Paraná reduziu 42% do desmatamento entre 2021 e 2022, o segundo melhor índice do país.
Nos primeiros cinco meses deste ano, houve uma queda de 54% na área de vegetação suprimida do Estado em relação ao mesmo período de 2022, com base nos dados da Fundação SOS Mata Atlântica.
De acordo com o diretor-presidente do IAT, Everton Souza, as ações de combate ao desmatamento ilegal têm sido intensificadas com os alertas de plataformas digitais do Núcleo de Inteligência do instituto, além das denúncias da população.
Entre 2019 até julho 2023, o Núcleo de Inteligência do IAT recebeu mais de 4.700 alertas de desmatamento, que resultaram em cerca de R$ 350 milhões de multas aplicadas no período.
Os responsáveis pelas áreas são obrigados a regenerar o espaço com vegetação nativa, além das restrições impostas para a utilização de atividades econômicas nos pontos embargados.
As denúncias de crime ambiental podem ser realizadas nos escritórios regionais do Instituto Água e Terra ou pelo site do IAT.
Reportagem: Leo Coelho