Câmara recua e rejeita projeto que liberava celulares nos bancos
Com a pressão das galerias do Plenário, vereadores arquivaram a proposta em votação acirrada
Revertendo a votação em primeiro turno, os vereadores de Curitiba vetaram o projeto de lei que pretendia liberar o porte e o uso de celulares nas agências bancárias. A votação em segundo turno aconteceu nesta segunda-feira (27), na Câmara Municipal. A proposta foi barrada com 19 votos contrários.
O vereador Rodrigo Reis (União) reconheceu que o uso do celular nos bancos é uma realidade, mas argumentou que a revogação da lei era muito ampla e poderia diminuir a segurança nos ambientes
Também contrário à mudança, Toninho da Farmácia (União) ponderou que a revogação da lei poderia diminuir a autoridade dos vigilantes e trabalhadores da área de segurança privada
A vereadora Maria Letícia (PV) defendeu que projeto como esse precisam ser debatidos com mais profundidade pela Câmara Municipal. Segundo ela, faltou diálogo com as categorias mais afetadas pela norma, que são as que trabalham nas agências bancárias
Favorável à liberação dos celulares nas agências bancárias, Alexandre Leprevost (Solidariedade) usou a tribuna para afirmar que a legislação é inócua e descolada da realidade. Ele argumentou que várias pessoas precisam dos aparelhos, inclusive, para acessar documentos e cartões bancários
Autora do projeto, a vereadora Amália Tortato (Novo) argumentou que a legislação em vigor proíbe até mesmo a entrada nas agências bancárias com o celular. A parlamentar defende que não adianta existir uma lei se ela não é cumprida
A lei que proíbe o porte e o uso de celulares nas agências bancárias de Curitiba foi aprovada em 2010. Na ocasião, a norma era uma resposta da Câmara Municipal aos frequentes crimes relacionados às instituições financeiras, como as “saidinhas de banco”. Com a conclusão da votação nesta segunda-feira (27), o projeto que revogada alguns trechos do texto de 2010 foi arquivado pelo Poder Legislativo.
Reportagem: Angelo Sfair