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Caso Daniel: juiz se declara suspeito e deixa processo

Esta é a terceira vez que um magistrado decide se afastar do caso

 Caso Daniel: juiz se declara suspeito e deixa processo

Foto: reprodução/redes sociais

Um novo juiz deve assumir em breve o processo contra os acusados de assassinar o jogador Daniel Corrêa Freitas. A mudança será feita após o juiz substituto Marcos Takao Toda se declarar suspeito e pedir para deixar os trabalhos. O magistrado alegou “motivos de foro íntimo”. Esta é a terceira vez que um juiz decide se afastar do caso desde o início da ação penal. Antes dele, o juiz Diego Paolo Barausse também se declarou suspeito, e a juíza Luciani Regina Martins de Paula declarou impedimento. Agora, um novo juiz deverá assumir a condução dos trabalhos.

No final do mês passado o crime completou cinco anos, ainda sem data para um julgamento. Em 27 de outubro de 2018, o corpo de Daniel foi encontrado na zona rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, com ferimentos graves no pescoço e o órgão genital decepado. O assassinato aconteceu após a festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, filha de Edison Brittes Junior, que é réu confesso e está preso desde a época do crime. Na noite do dia 26 de outubro, a jovem estava com a família, os amigos e Daniel em uma casa noturna em Curitiba. A comemoração continuou na casa de Brittes, em São José dos Pinhais.

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Segundo as investigações, o jogador foi flagrado deitado na cama de Cristiana, esposa de Edison. Antes do crime, Daniel enviou para um amigo uma foto em que aparecia deitado ao lado de Cristiana enquanto ela dormia. No inquérito, que foi finalizado com 21 depoimentos de 370 páginas, a Polícia Civil concluiu que não houve tentativa de estupro. O advogado da família de Daniel, Nilton Ribeiro, lamenta o novo afastamento de um juiz no caso e espera que ao menos uma data para o julgamento seja publicada em breve.

Os laudos do Instituto-Médico Legal e da Polícia Científica apontaram que Daniel foi morto pelas facadas que recebeu no pescoço. Os sete suspeitos do crime foram indiciados por diferentes crimes e as penas somadas ultrapassam 40 anos de reclusão.

Edison Brittes foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação do curso de processo. O advogado que representa a família Brittes, Elias Mattar Assad, afirma que a morte do jogador foi uma reação de Edison à situação.

Os suspeitos de participarem das agressões, Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian da Silva, também respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Cristiana e Allana Brites foram indiciadas por coação de testemunha e fraude processual.

Em 2020, foi determinado que eles iriam a júri popular. Já Evellyn Perusso foi impronunciada pelos crimes de denunciação caluniosa e falso testemunho. Ainda não há uma previsão para o júri. Daniel Correa Freitas jogou no Coritiba, em 2017. Quando morreu, ele estava emprestado pelo São Paulo ao São Bento, que disputava a Série B do Campeonato Brasileiro.

Reportagem: Leonardo Gomes

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Izabella Machado

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