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CNJ decide manter afastamento de desembargador do Paraná

Luís Cesar de Paula Espíndola afirmou que “as mulheres estão loucas atrás de homens”

 CNJ decide manter afastamento de desembargador do Paraná

Foto: Reprodução/TJPR

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu manter o afastamento do desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola das funções do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). O magistrado entrou em licença em julho, após afirmar que “as mulheres estão loucas atrás de homens”. A fala ocorreu durante o julgamento do caso de uma menina, de 12 anos, que acusou o professor de assédio. A Corte analisava o pedido de medida protetiva para a aluna de em União da Vitória, município do sudeste paranaense, quando a desembargadora Ivanise Tratz ressaltou o machismo estrutural na sociedade. Nesse momento, o desembargador rebateu a manifestação alegando ser um “discurso feminista desatualizado”.

A decisão de manter o afastamento do desembargador ocorreu na sexta-feira (2) e foi unânime. No documento, o corregedor nacional de Justiça, o ministro Luís Felipe Salomão, disse que não há dúvidas de que as manifestações “reforçam preconceitos, pré-julgamentos e de estereótipos de gênero”. O afastamento de Espíndola permanece durante a tramitação do processo.

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O pedido de afastamento foi ingressado pela OAB-Paraná, que classificou a fala como “odiosa” e considerou a conduta incompatível com o exercício das funções. Para a Ordem dos Advogados, a licença se faz necessária considerando que o magistrado atua na 12ª Câmara Cível do TJPR, que julga processos envolvendo questões de família, violência intrafamiliar, direitos da criança e da mulher. Na época do afastamento, o desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola se manifestou em nota, publicada pelo Tribunal de Justiça. Ele disse que “nunca houve a intenção de menosprezar o comportamento feminino nas declarações proferidas” e que sempre defendeu “a igualdade entre homens e mulheres”, tanto na vida pessoal quanto nas decisões dele. O desembargador ainda lamentou a situação e afirmou se solidarizar “com todas e todos que se sentiram ofendidos”, mas classificou o caso como “divulgação parcial do vídeo da sessão”.

Informação: Mirian Villa e equipe Band News

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felipe.lunardi

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