Em reunião, Greca troca acusações com oposição e votação de pacotaço é mantida
A audiência dos vereadores da oposição com o prefeito Rafael Greca hoje (quinta) à tarde durou cerca de meia hora e terminou sem qualquer acordo. Os vereadores pediram que a votação do pacote de austeridade da prefeitura fosse adiada e os projetos rediscutidos na Câmara Municipal. Diante da negativa do prefeito, os vereadores pediram que não houvesse violência da Polícia contra os manifestantes que devem protestar na próxima segunda-feira, quando a Câmara deve tentar votar pela terceira vez quatro projetos do pacote em regime de urgência. O prefeito afirmou que não recebeu propostas de mudanças nos projetos.
O vereador Goura, do PDT, que solicitou a audiência, disse que o prefeito foi intransigente, que não aceitou qualquer negociação e que a reunião não surtiu o efeito desejado.
Goura ressalta que a revolta dos servidores é previsível, já que os projetos afetam diretamente a vida das pessoas.
Sindicatos que representam o funcionalismo público municipal avaliam que as medidas previstas nos projetos podem prejudicar 30 mil servidores ativos e 16 mil aposentados e pensionistas, que teriam direitos suprimidos. Os servidores prometem manter a vigília contra a votação do pacote e voltar à Câmara Municipal quando a sessão for reinstalada. Entre as medidas previstas no pacote de ajustes, está a suspensão dos planos de carreira e do pagamento do reajuste anual dos servidores; a limitação do gasto com pessoal a 70% do crescimento da Receita Corrente Líquida; o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%; e a criação de um fundo de previdência complementar.