Empresário é condenado a 14 anos de prisão após evento em que três jovens morreram no Jockey
O empresário Athayde Oliveira Neto foi condenado a 14 anos e quatro meses de prisão em regime fechado após decisão de hoje (quarta) do júri popular, no Tribunal do Júri de Curitiba. Ele segue solto e vai poder recorrer da decisão do júri em liberdade. O réu foi responsável pela organização de um evento de rock no Jockey Club, em Curitiba, em maio de 2003, que acabou com a morte de três adolescentes. O julgamento começou desde ontem (terça) de manhã e se estendeu até as 18h00 de hoje (quarta). Na decisão, foi comunicado que os jurados concordaram que Athayde não tomou as precauções necessárias para evitar a tragédia e confirmaram e acusação de homicídio com dolo eventual por motivo torpe.
Há quase 14 anos, além dos três jovens mortos, dezenas de pessoas foram pisoteadas após um tumulto no local. Para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o réu vendeu mais ingressos do que a capacidade do espaço, para obter o maior lucro possível. A mãe de uma das vítimas que morreram na ocasião, Edna de Andrade, disse que se sentiu aliviada após a decisão do júri.
O advogado de Athayde, Cláudio Dalledone, disse que a decisão contrariou as provas apresentadas durante o julgamento. O advogado garantiu que vai tentar anular o júri popular.
O pai de Athayde Neto, Athayde Júnior, também chegou a ser denunciado. Entretanto, segundo a promotoria do MP, os crimes imputados a ele, de falsidade ideológica e de lesão corporal, prescreveram. Athayde Neto também chegou a ser acusado dos crimes de lesão corporal e falsidade ideológica. Da mesma forma, houve a prescrição.