Estado do Paraná investiga 86 casos de tráfico de pessoas
O Paraná investiga 86 casos de tráfico de pessoas. São dezenas de inquéritos em andamento, e muitos deles envolvem mais de uma vítima. Os dados, de janeiro a junho de 2017, são do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Paraná, vinculado à Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.
São ocorrências de trabalho análogo à escravidão e prostituição, mas também de adoção ilegal, servidão doméstica e, ainda, a remoção de órgãos. É o que detalha a coordenadora do Núcleo, Silvia Xavier.
Os alvos mais comuns, segundo a pasta, são mulheres de 16 a 40 anos, no geral, e de até 45 anos, quando o objetivo é o comércio de órgãos. Em vários casos, constata-se que a vítima nem sempre percebe a atual condição. A pessoa considera, de certa forma, natural a situação em que foi colocada, pois assim encontra subsistência – como é o caso de mães que dizem não encontrar outra maneira de criar os filhos.
O tráfico humano é caracterizado a partir do momento que alguém obtém lucro com a exploração de pessoas. Um dado que chama a atenção é, também, que os grupos de aliciadores são formados, em sua maioria, por mulheres. São ex-vítimas que passaram a gerir o negócio. No entanto, há diversos relatos de crimes que têm crianças como vítimas.
As investigações ficam sob os cuidados da Polícia Civil, que atua, também, com a colaboração da população. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disk 100 ou pelo telefone 181.