Festival de Curitiba tem acessibilidade para pessoas com deficiência
Com tradução em Libras e audiodescrição, espetáculos abrem espaço para receber espetadores surdos e cegos
No centro do palco, os atores se revezam entre os papeis, as músicas e as performances. No canto do tablado, um intérprete traduz toda a obra para quem não pode ouvir. Nove espetáculos do Festival de Curitiba 2022 contam com acessibilidade para surdos, com tradução simultânea feita por um tradutor-ator. A programação do MishMash e do Risorama, além de alguns dos grupos de interlocuções, também têm o serviço disponível.
O trabalho é feito por dez tradutores, que passam por um período de preparação muito parecido com o dos artistas. Um deles, Jônatas Rodrigues Medeiros, conta sobre o processo.
Intérprete há 18 anos, Jônatas já está habituado com a dinâmica da tradução simultânea. Mas o trabalho no Festival de Curitiba exige outro tipo de preparo.
Tradutor-ator no espetáculo “Cordel do Amor sem Fim – Ou a Flor do Chico”, Jônatas teve o desafio de interpretar na Língua Brasileira de Sinais as falas de seis personagens diferentes, além das músicas feitas em solo e coro. Uma verdadeira maratona durante mais de uma hora de apresentação.
Além da tradução para Libras, voltada ao público surdo, o Festival de Curitiba também oferece audiodescrição para espetadores com deficiência visual. O serviço está disponível em três espetáculos da Mostra Lúcia Camargo, que é a principal, e em quatro da Mostra Festival de Rua.
Reportagem: Anna Flavia Silva.