Colunistas // Mirian Gasparin

Inovar hoje não é mais uma questão de escolha ou de opção, mas é um pré-requisito para a sobrevivência das empresas, das cidades e da própria população. Aliás, o tema Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade foi debatido por empresários e executivos paranaenses durante a terceira edição do evento Meeting Negócios e Economia, realizado na última terça-feira, em Curitiba.

Eu conversei com o sócio diretor da consultoria e auditoria, VBR Brasil, Wesley Figueira, que mediou o debate, e eu perguntei a ele sobre quais são os maiores desafios hoje para a inovação? Na sua avaliação, pelo resultado desse debate, existem quatro desafios básicos que devem ser discutidos.

O primeiro é o advento das cidades inteligentes e os seus desdobramentos, com os efeitos do home office no trabalho, a melhora da qualidade de vida em casa, e o varejo baseado fortemente no delivery.

O segundo desafio é a mobilidade urbana, através da mudança para uma matriz mais limpa e a redução do tempo dispendido com o tráfego.

O terceiro desafio da Inovação diz respeito à educação diante da queda tanto na qualidade quanto na quantidade de profissionais com formação compatível e dispostos a trabalhar em áreas mais complexas, bem como a intensificação da fuga de profissionais altamente qualificados para fora do País.

Já o quarto grande desafio para a Inovação apontado pelo mediador do debate é o uso da inteligência artificial, seus limites éticos e práticos e o efeito tanto na quantidade de pessoas empregadas, quanto no tipo de tarefas executadas.

Apesar dos desafios, ficou claro neste debate que a inovação nas empresas não é apenas um diferencial de concorrência, mas há muitos outros benefícios em investir em soluções inovadoras.

Estudos apontam que 51% das companhias brasileiras pretendem elevar seus investimentos em desenvolvimento e inovação. No caso das pequenas e médias empresas, qual é o primeiro passo para inovar?

De acordo com Wesley Figueira, mediador do debate sobre inovação, inovar na pequena empresa, começa em fazer bem feito e com um bom controle, de olho no fluxo de caixa, e investindo tanto quanto possível na descoberta de como fazer melhor e como buscar no mercado o que houver de inovação. Contudo, seja na pequena ou na grande empresa, para que um projeto inovador siga adiante é preciso se valer da tecnologia e da ciência.

Por fim, eu conversei com a especialista em Mobilidade Sustentável, Silvia Barcik, que também participou do debate sobre Inovação, e ela me disse que o futuro da mobilidade sustentável passa pela baixa emissão de carbono e compartilhamento de veículos.

Na avaliação da especialista, o Brasil ainda tem um longo caminho para ter uma mobilidade completamente sustentável, mas os primeiros passos já estão sendo dados. Sem dúvida, a mobilidade elétrica é uma das protagonistas deste movimento, assim como o transporte público e compartilhado.