Justiça nega prisão domiciliar a Jorge Guaranho
Réu pela morte do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, ele segue detido no CMP
A Justiça do Paraná negou um pedido de prisão domiciliar para o policial penal Jorge Guaranho, réu pela morte do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, em julho. Dessa forma, o acusado segue preso preventivamente no Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ele foi levado para a unidade prisional em 13 de agosto, três dias após deixar o hospital.
Ao solicitar a prisão domiciliar, a defesa do policial penal alegava que o CMP não teria a estrutura adequada para lidar com um preso com necessidades especiais, como seria o caso de Guaranho. O agente, declaradamente bolsonarista, abriu fogo durante a festa de aniversário de Marcelo Arruda, que comemorava os 50 anos em uma festa com decoração alusiva PT e ao ex-presidente Lula. Segundo o MP, o assassinato aconteceu por divergências políticas.
Arruda, que era guarda municipal, também estava armado e reagiu. Segundo a perícia, Guaranho foi atingido por seis disparos de arma de fogo e recebeu 20 de chutes na cabeça de três convidados da festa. O réu passou um mês internado em hospitais de Foz do Iguaçu.
Apesar de liberado pelos médicos, segundo a defesa, a condição de saúde de Guaranho ainda inspira cuidados e auxílio para higiene e alimentação. Com base em um laudo médico, os advogados solicitaram a prisão domiciliar.
O pedido foi contestado pela direção do Complexo Médico-Penal e da SESP-PR (Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária), que alegam ter condições de tratar Guaranho nesta unidade. Com base nas informações, a Justiça do Paraná negou o pedido de prisão domiciliar. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), por meio das comissões de direitos humanos, acompanham o caso.
Reportagem: Angelo Sfair.