Ligadas ao prefeito, duas pessoas são presas em Londrina
Duas pessoas ligadas ao prefeito de Londrina, Homero Barbosa Neto (PDT), foram presas ontem sob a suspeita de suborno. Marco Cito, ex-secretário de Governo e coordenador de campanha do PDT de Londrina e o empresário Ludovico Bonato foram detidos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no momento em que entregariam 20 mil reais para o vereador Amauri Cardoso (PSDB) supostamente para que o parlamentar votasse contra a abertura da Comissão Processante que investigaria o uso de vigias de empresa contratada pela prefeitura em rádio de propriedade da família do prefeito. De acordo com o procurador Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, a prisão só foi possível por conta de aviso feito pelo vereador tucano.
O vereador Amauri Cardoso contou que receberia 20 mil antes da votação da Comissão Processante e outros 20 mil depois. O parlamentar não acredita que os presos tivessem interesse direto na Comissão Processante. Para ele, o pedido de suborno teria partido do próprio prefeito londrinense.
Mesmo com as prisões, o vereador não acredita na formação da Comissão Processante. Dos 13 votos que precisariam para iniciar a investigação, a oposição tem apenas 12. Ao todo são 19 vereadores.
Em recente entrevista à BandNews, Barbosa Neto disse que não havia qualquer irregularidade no uso de vigias da prefeitura em rádio da família dele. O prefeito explicou que havia uma troca de serviços entre a rádio e a própria prefeitura.
O Gaeco apreendeu ontem também alguns documentos para análise dos promotores e já intimaram algumas pessoas para prestarem depoimento. Em entrevista coletiva agora cedo, o prefeito Barbosa Neto (PDT), considerou a ação do Gaeco como espalhafatosa. Para ele, esta foi mais uma ação de promotores na tentativa de desgastar a imagem dele.
A votação da Comissão Processante contra Barbosa Neto está marcada para amanhã.