Uma liminar da Justiça Estadual determina que Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel Correa Freitas, pague R$ 5 mil mensais em pensão alimentícia para a filha do atleta. O pedido foi feito pela mãe da criança de dois anos e sete meses. A decisão é da juíza Márcia Hübler Mosko, da 3.ª Vara de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e ainda pode ser contestada em recurso. Na justificativa do pedido, a defesa da família do jogador afirma que a medida é necessária para assegurar à criança o atendimento de necessidades básicas.

Segundo a mãe, era Daniel quem garantia o sustento da filha. Em nota, a defesa de Edison Brittes informou que ainda não foi notificada da liminar oficialmente. Mas ressalta que a decisão é provisória e pode ser revertida a qualquer momento. Edison Brittes é o único dos sete acusados do crime que segue preso. Daniel foi encontrado morto em 27 de outubro do ano passado, perto de uma estrada rural da Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais. O corpo apresentava sinais de agressões e mutilações. Antes de ser morto, o jogador estava na festa de aniversário da filha de Edison, Allana, em um bar e depois seguiu com amigos para a casa da família Brittes, onde a comemoração continuou.

O assassino confesso diz que cometeu o crime para defender a esposa de uma tentativa de estupro. Isso teria ocorrido em um quarto da casa da família. A tentativa de estupro não foi confirmada nas investigações. O processo judicial que apura o caso está chegando a uma fase decisiva. As alegações finais foram apresentadas pelo Ministério Público Estadual e agora é a vez de as defesas dos sete réus se manifestarem por escrito. Esta é a última etapa antes de a juíza definir se os acusados vão a júri popular.

Além de Edison Brittes, respondem ao processo por envolvimento no crime a esposa e a filha dele, Cristiana e Allana, Ygor King, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, David Willian Vollero Silva e Evellyn Brisola Perusso.

Reportagem: Lenise Klenk