O médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a ex-namorada Renata Mugiatti e já condenado por agredir outra ex-companheira, está em liberdade. Ele foi solto ontem (24), por decisão da Justiça, e assim deve permanecer até que um novo pedido de habeas corpus, já feito pela defesa dele, seja julgado.

Contudo, Suss Marques agora é monitorado por uma tornozeleira eletrônica e deve obedecer a uma série de regras impostas: proibido de sair da cidade, ele também é obrigado a estar em casa no período entre as 20h e as 6h30.

Além disso, não pode manter contato ou se aproximar de testemunhas ou familiares da fisiculturista, morta em 2015. Ele também está impedido de frequentar bares e deve comparecer em Juízo sempre que solicitado. A irmã de Renata, Tina Mugiatti, acredita que a medida é uma liberdade questionável.

O pedido de soltura, feito pela defesa de Suss Marques, usa como argumento o fato de que, desde que ele voltou a ser preso, em dezembro do ano passado, não houve “nenhum despacho efetivamente relevante. Para a irmã de Renata, a Justiça continuou funcionando durante esses meses. Tina diz ter certeza da condenação no Júri.

Ontem mesmo, no Facebook, o médico postou uma foto na academia. Mais magro, recebeu o apoio de amigos e pacientes que comentaram a imagem comemorando a soltura. O advogado dele não atendeu às ligações da reportagem. Raphael Suss Marques é acusado de matar a ex-namorada Renata Mugiatti, em setembro de 2015. Num primeiro momento, o caso foi tratado como suicídio. Raphael disse à polícia que a fisiculturista se jogou da janela do 31º andar pois sofria de depressão.

Depois disso, um exame do Instituto Médico-Legal apontou que a vítima teria sido asfixiada antes de morrer e o médico acabou preso. Depois disso, outro exame do IML contradisse o primeiro, e Raphael foi solto. Contudo, um terceiro laudo, mais completo, atesta que Renata já estava morta ao cair do prédio.

Além disso, Raphael foi acusado e condenado por agredir uma ex-namorada no ano passado. No dia 26 de dezembro ele foi preso em casa, por descumprir restrições da Justiça com relação à mulher, com quem ele tem um filho.