Colunistas // Mirian Gasparin

O mercado de condomínios registra crescimento acelerado. Este setor, que em todo país soma 550 mil condomínios, movimenta por ano nada menos do que R$ 250 bilhões, representando uma significativa contribuição para a economia nacional.

Quando se fala em Paraná, o Estado abriga cerca de 30 mil condomínios entre comerciais e residenciais, sendo 11 mil somente em Curitiba.

Como os condomínios não fecham, não quebram e nem mudam de lugar, a tendência é de que continuem crescendo. Por isso, estão se tornando um terreno fértil para oportunidades d empreendimento, uma vez que envolvem uma série de tarefas, como administração financeira, manutenção do patrimônio, segurança e prestação de serviços aos moradores.

Em relação à administração de condomínios, existem hoje em atividade, 65 mil empresas, a maioria é de pequenos negócios. Eu conversei esta semana com a CEO do Grupo gaúcho Guarida, Júlia Dal Santo, e com o diretor de Condomínios, Atílio Daniel Borges, e eles me informaram que estão ingressando no mercado paranaense de condomínios.

Ocupando os primeiros lugares entre as maiores empresas de administração de condomínios do País, a Guarida registrou, em 2023, um dos mais expressivos crescimentos dos últimos anos. Atilio Borges me disse que com mais de 2 mil condomínios atendidos e sendo um dos cinco maiores players do mercado, a Guarida continuará em busca de expansão em 2024. O primeiro passo foi dado com a entrada no mercado paranaense e catarinense.

O executivo me explicou que ao contrário do Rio Grande do Sul, onde o mercado de condomínios é mais concentrado, Santa Catarina e Paraná apresentam um setor pulverizado, com várias empresas disputando dos clientes. Outra característica do mercado paranaense é que existe um número grande de administradoras de condomínio que também trabalham com contabilidade.

A empresa gaúcha está entrando no Paraná com a administração de cinco condomínios, sendo quatro em Curitiba e um em Almirante Tamandaré. A expectativa é que este número chegue a 100 até o final do ano, incluindo o mercado de Santa Catarina.

As antigas práticas baseadas em papel deram lugar a soluções digitais que automatizam os processos rotineiros, como controle de acesso, agendamento de manutenções e gerenciamento de despesas.  À medida que a tecnologia continuar evoluindo, as administradoras de condomínio precisarão se adaptar às novas ferramentas e soluções disponíveis. 

A CEO do Grupo Guarida faz questão de destacar que a tecnologia desempenha um papel fundamental na modernização das administradoras de condomínio. Porém é essencial encontrar um equilíbrio entre a automação e as relações humanas. Muitos moradores ainda valorizam o contato humano e a capacidade de interagir com as administradoras e os síndicos. Nesse sentido, as administradoras devem entregar um bom trabalho de forma que o síndico possa se dedicar mais à sua função específica dentro do condomínio.