Monomotor que caiu no Paraná estava com o certificado suspenso
As vítimas do acidente aéreo serão sepultadas em Mallet (PR) e Criciúma (SC)
O avião que caiu em Doutor Ulysses, na região metropolitana de Curitiba, matando duas pessoas, estava com o certificado de aeronavegabilidade suspenso. Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o certificado havia expirado no dia 2 de agosto.
Conforme as regras da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), aeronaves nestas condições só podem voar com autorização especial.
O monomotor – um Cessna 170 fabricado em 1948 – foi encontrado próximo a uma ribanceira, nesta segunda-feira (18), por moradores da região.
Os fatores que contribuíram para a queda da aeronave ainda não foram esclarecidos. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) abriu um inquérito para apurar o caso.
Ainda não há prazo determinado para a conclusão da investigação conduzida pelo órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB).
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As vítimas do acidente aéreo foram identificadas como Cristiano Cloda, de 48 anos, e Carlos Roberto Francisconi, de 69 anos. Ambos eram pilotos. O avião estava registrado em nome de Francisconi, que é dono de uma empresa de fotografia área.
Os corpos serão sepultados serão sepultados em Mallet, no sudeste do Paraná, e em Criciúma, no sul de Santa Catarina.
Segundo informações preliminares, os dois ocupantes do monomotor partiram de Siqueira Campos, no norte pioneiro, próximo à divisa com São Paulo, com o objetivo de registrar imagens aéreas da região metropolitana da capital e dos Campos Gerais.
Eles decolaram às 10h de domingo (17), com previsão de retorno às 16h. Por volta das 20h, sem informações sobre os tripulantes, o Corpo de Bombeiros foi acionado para iniciar as buscas. O avião foi encontrado por moradores da região que faziam buscas pela mata após avistarem o monomotor voando muito baixo e ouvirem o barulho da queda.
Reportagem: Angelo Sfair