MP quer que policial civil que matou copeira vá a júri popular
O Ministério Público do Paraná quer que a policial civil Kátia das Graças Belo vá a júri popular. Ela é acusada de matar a copeira Rosária Miranda da Silva, que estava em uma festa de Natal, em Curitiba, no ano passado. A promotoria pede que ela seja julgada por homicídio doloso, ou seja, quando há a intenção ou se assume o risco de matar.
O pedido foi feito ontem (17) e consta nas alegações finais do processo de pronunciamento, quando o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba vai definir se Kátia será julgada ou não pelo júri. No texto, o promotor Marcelo Balzer Correia diz que a policial tinha “ciência e consciência de que não poderia ter se utilizado da arma fogo naquela situação” e, ainda, que ela agiu de forma desproporcional.
A policial assumiu que atirou para tentar obrigar os participantes da festa a diminuir o barulho que faziam. Para o advogado Ygor Salmen, que representa a família da copeira e ocupa a assistência de acusação, o pedido do MP reafirma que a policial assumiu os riscos de matar quando efetuou o disparo.
Para ele, a denúncia comprova que a policial atirou para matar.
O advogado Peter Amaro, que defende a policial, não atendeu as ligações. Desde o início, a defesa de Kátia das Graças Belo tem questionado a autoria do tiro e tentado mostrar que não houve intenção de atingir qualquer pessoa quando o disparo foi efetuado.