A VoePass atualizou para 62 o número de pessoas que estavam no voo 2283, que caiu no início da tarde desta sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo. A aeronave saiu de Cascavel, no oeste do estado, no final da manhã, com destino a Guarulhos. Grande parte dos passageiros que estavam no voo, são do Paraná.

Dentre as vítimas, a mais nova é Lizz Ibba, de apenas 3 anos. Ela estava acompanhada do pai, Rafael Fernando dos Santos. A criança é filha de Adriana Ibba, jornalista da Catve, afiliada da TV Cultura no oeste do Paraná.

O Conselho Regional de Medicina do Paraná confirma a morte de 15 médicos. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o vice-presidente do CRM-PR, Eduardo Baptistella afirma que os profissionais tinham como destino a cidade de São Paulo.

Nove pessoas ligadas à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) estão entre as vítimas. Duas professoras, uma ex-aluna e outros seis familiares de servidores da instituição. Quatro professores e quatro ex-alunas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), também morreram na tragédia. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) perdeu uma professora. As três instituições decretaram luto oficial de três dias.

Do Governo do Estado, pelo menos oito servidores estão na lista de passageiros que morreram. Entre eles, estão um professor da rede estadual de ensino e um funcionário da Sanepar – a companhia de fornecimento de água e esgoto do Paraná.

Em Cascavel, um centro especializado foi montado na praça de alimentação do Aeroporto Regional, para prestar atendimento aos familiares das vítimas. No local, também é realizada a coleta de material genético, que será enviado a São Paulo, para o trabalho de identificação dos corpos.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior, estava no encontro do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) no Espírito Santo e decidiu acompanhar os desdobramentos do acidente aéreo na cidade do interior de São Paulo. Ele detalha como está funcionando a estrutura especial montada no oeste do Paraná.

Na tarde de ontem (sexta, 9), um dos fatos que chamou a atenção foi a demora da VoePass na divulgação da lista de passageiros, já que o acidente aconteceu por volta da uma e vinte da tarde, já que o acidente aconteceu por volta da uma e vinte da tarde; e a planilha somente foi divulgada quatro horas depois, às cinco e vinte da tarde.

Algumas pessoas chegaram a passar mal e precisaram de atendimento médico. Outras reclamavam que os telefones repassados pela companhia aérea não funcionavam, como o professor Maicon Jackson.

A companhia aérea informa que a aeronave decolou de Cascavel sem nenhuma restrição de voo, com todos os sistemas aptos para a realização da operação. O médico veterinário Oswaldo Fernandes Costa Júnior detalha que não embarcou no avião por dois minutos.

O último registro no plano de voo da aeronave é de cinco mil pés, segundo o site FlightAware. A queda do avião pode ter sido causada pela perda da sustentação do voo. É isso que explica o especialista em segurança de voos, Maurício Lorenzini.

A Polícia Federal detalha que especialistas em acidentes aeronáuticos, identificação de vítimas de desastres, entre outros, para auxiliar nas apurações, foram enviados para o local.

A Defensoria Pública do Paraná e a Defensoria Pública de São Paulo criaram um canal de WhatsApp (41 9 9232-2977) exclusivo para atender familiares das vítimas do voo da Voepass Linhas Aéreas. 

A companhia aérea Passaredo está com um telefone oficial para prestar informações a passageiros, familiares e colaboradores, pelo telefone 0800 9419712.

Reportagem: David Musso