A sessão de julgamento do processo que pode levar a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil), será retomada apenas na segunda-feira (8), no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. A desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, que seria a terceira a votar, pediu vista, interrompendo a sessão desta quarta-feira (3).

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Mais cedo, o segundo a votar, o desembargador José Rodrigo Sade, abriu a divergência do relator e votou pela cassação do mandato do senador. Para o magistrado, o processo comprova que houve abuso de poder econômico.

O julgador diz, ainda, não ser possível realizar a análise em separado dos gastos da pré-campanha à presidência da República, da corrida para o Senado Federal, como fez o relator. Para Sade, o conjunto dos gastos foi favorável à construção da imagem de Moro e causou um desequilíbrio no processo eleitoral.

Para Luiz Eduardo Peccinin, advogado da federação formada por PT, PV e PC do B, o voto de Sade foi importante, para desconstruir imprecisões no voto do relator.

Já o advogado de defesa de Sérgio Moro, Gustavo Guedes, criticou o voto de Sade, por seguir o que diz o parecer do Ministério Público.

O placar do julgamento está em 1 a 1. Ainda faltam cinco desembargadores a votar. Moro é acusado pelo PL e pela federação formada por PT, PV e PC do B, por abuso de poder econômico, lavagem de dinheiro e uso indevido dos meios de comunicação.

Reportagem: David Musso