Reajuste dos servidores e congelamento das carreiras serão discutidos em regime de urgência
Os vereadores de Curitiba vão votar o reajuste dos servidores públicos municipais em regime de urgência. A prefeitura anunciou uma recomposição salarial de 3,5%, valor um pouco abaixo da inflação.
Além disso, outros dois projetos enviados à Câmara pelo prefeito Rafael Greca vão tramitar em velocidade acelerada. Um deles suspende todos os planos de carreira do funcionalismo público até 2021. E o último reduz o número de servidores que o Executivo pode ceder aos sindicatos.
O líder do prefeito na Câmara, Pier Petruzziello (PTB), reforça que Curitiba foi uma das únicas capitais do Brasil a reajustar salários do funcionalismo público. Ele afirma que o objetivo é acelerar a tramitação do projeto para conseguir aprovar o reajuste ainda para o mês de novembro:
Entre os projetos que serão votados em regime de urgência, o mais delicado é o que trata dos planos de carreira. O líder do prefeito na Câmara argumenta que primeiro é preciso entender qual será o impacto no orçamento causado pela PEC do Pacto Federativo (aquela que exclui os pequenos municípios e redistribui as verbas do governo federal):
Os servidores são contra as votações em regime de urgência.
De acordo com os trabalhadores, o assunto precisa ser discutido com profundidade. Diretora do Sismuc (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba), Aline Antunes Selbach defende que a Prefeitura discuta o assunto com os funcionários antes de votar o projeto:
Uma assembleia foi convocada pelos servidores para discutir os assuntos relacionados ao funcionalismo público, sobretudo a suspensão dos planos de carreira. A reunião acontece amanhã (13), às 18h30, e definirá os próximos encaminhamentos das categorias.
Reportagem: Angelo Sfair