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Mirian Gasparin

Mídia sonora aparece como o grande destaque do momento

 Setor de publicidade está otimista para 2023

Foto ilustrativa: Freepik)

Depois de passar o primeiro quadrimestre de lado, na expectativa do que poderia acontecer com os novos governos, tanto estaduais quanto federal, que tomaram posse em janeiro, o setor publicitário já apresenta reação a partir de maio, com iniciativas de grandes anunciantes para campanhas de venda.

Eu conversei com o CEO da Tailor Media, Leonardo Lazzarotto, e ele me disse que o setor publicitário está otimista para 2023. O publicitário lembra que, no ano passado, os investimentos em compra de mídia totalizaram R$ 21 bilhões em todo o País, o que representou um crescimento de mais de 7% em relação a 2021.

Agora, o grande destaque do momento apontado por Lazzarotto é a mídia sonora. Ele me explicou que com a intensa rotina das pessoas que estão em constante movimento, o áudio traz praticidade e velocidade ao consumo de informações, conteúdos e troca de mensagens.

O CEO da Tailor Media destaca que até bem pouco tempo atrás, o áudio era visto como coadjuvante, mas, com a fragmentação da mídia e o aumento do consumo em diferentes dispositivos, as áreas de marketing e comunicação estão cada vez mais atentas e trazendo o áudio como protagonista das marcas.

E um dos meios para se fazer isso é através do sound brading, que é a assinatura sonora que identifica uma empresa nas campanhas publicitárias e em ações de marketing sensorial. Apesar de pouco explorado, esse conceito vem ganhando destaque no mundo, como fez o Shopping Mueller, de Curitiba, na comemoração de seus 40 anos, ao se tornar o primeiro shopping do sul do Brasil a criar sua própria identidade sonora, levando em consideração a essência e os valores da marca. De acordo com Lazzaroto, não basta que a marca de uma empresa seja vista, ela também precisa ser ouvida.

Outro modelo de negócio em marketing de conteúdo apontado por Lazzarotto, são os boletins informativos inseridos na programação das rádios por todo o Brasil, que são uma grande oportunidade para as empresas entrarem nas emissoras como fonte de informação sobre assuntos variados.

E com todas essas novidades na produção, distribuição e consumo de áudio, como está o rádio neste cenário inovador?

O cenário é positivo. Segundo me informou o CEO da Tailor Media, nos Estados Unidos, um estudo da Edison Research, aponta que o Rádio FM/AM é a mídia sonora líder na publicidade de anúncios, com 73% do mercado, seguidos pelos podcasts com 15% e rádios via internet. Isso comprova que o rádio continua sendo uma das formas mais eficazes de alcançar e engajar os consumidores.

Portanto, essas ações colocam o áudio como peça-chave nas estratégias de posicionamento de uma marca e na construção da memória sonora, com projetos de sound branding, rádios comerciais, vinhetas sonoras, tocadores de podcast, boletins informativos e, também, na rotina cotidiana.

E para concluir, no ano passado, enquanto a TV aberta perdeu R$ 100 milhões em mídia, as 326 agências de publicidade de todo o Brasil anunciaram nas rádios brasileiras quase R$ 800 milhões.  

Mirian Gasparin

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