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SUS do Paraná disponibiliza medicamento para tratar animais com fungos

Droga é recomendada para animais com esporotricose, uma micose que pode ser transmitida a humanos

 SUS do Paraná disponibiliza medicamento para tratar animais com fungos

Foto: Alessandro Vieira/ CC

O medicamento para tratar animais infectados com a esporotricose, uma micose emergente causada por fungos, passa a ser oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) de forma gratuita. O medicamento já é fornecido para o tratamento em humanos. O investimento do governo do estado foi de R$ 79 mil para a compra de 100 mil comprimidos que serão direcionados somente para o tratamento de animais.

Uma parte já foi direcionada para as regionais de saúde que apresentam casos confirmados da doença. O Paraná é o primeiro estado a oferecer o medicamento aos bichos. De acordo com dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), neste ano já foram confirmados 1.006 casos de esporotricose em animais. Já em humanos são 211 casos positivos.

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DOENÇA – A esporotricose é uma micose emergente causada por fungos do gênero Sporothrix. Esses fungos são encontrados na terra e em materiais em decomposição, como madeiras, galhos e folhas, podendo afetar tanto animais quanto humanos.

O animal pode ser infectado pelo meio ambiente contaminado ou através da interação com outros animais infectados. O gato doméstico é o bicho que apresenta alta carga fúngica, sendo o principal hospedeiro na via de transmissão da doença.

A esporotricose nos animais manifesta-se por meio de lesões e feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e evoluem rapidamente. Eles devem ser isolados e tratados rapidamente. Ao manuseá-los o tutor precisa usar equipamentos de proteção individual, como luvas, óculos e avental, e ministrar diariamente os medicamentos receitados por veterinário.

O humano pode ser infectado pela mordedura, arranhadura e contato direto com lesões de animais contaminados. O contato com a matéria orgânica ou solo contaminado pelo fungo no ambiente também pode levar ao contágio.

O sintoma inicial ocorre por meio de uma lesão que é similar a uma picada de inseto e o aparecimento de ferimentos e úlceras na pele e nas mucosas. Em casos mais graves o fungo pode afetar os pulmões, surgindo tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. As articulações e ossos também podem ser afetados, apresentando inchaço e dor ao se movimentar.

Informações: Jessica de Holanda, com supervisão de David Musso

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Jessica de Holanda

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