A Justiça nega o pedido da defesa de Luis Felipe Manvailer e mantém a condenação pela morte da esposa dele, Tatiane Spitzner. A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça avaliou e negou o pedido, na noite desta quinta-feira (17), de maneira unânime. O caso aconteceu em Guarapuava, na região central do estado, em 2018.

A defesa de Manvailer fez uma apelação criminal em 2021, quando o biólogo foi condenado a 31 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de feminicídio, por motivo fútil e meio cruel, e por fraude processual. O julgamento durou sete dias. Os advogados contestaram 23 questões e apontaram para uma suposta irregularidade na escolha dos jurados. O objetivo era anular a condenação.

Os advogados de Manvailer defendem que o biólogo agrediu Tatiane, mas não a matou. A tese é que ela teria se jogado da sacada após as agressões. Já o Ministério Público do Paraná, representado pela procuradora Karina Faria, contestou e reafirmou que Tatiane foi morta pelo marido.

A data da morte, 22 de julho, se tornou Dia de Combate ao Feminicídio no Paraná. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram Manvailer agredindo a esposa. Ele foi preso horas mais tarde, ao se envolver em um acidente na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, a mais de trezentos quilômetros de distância de Guarapuava.

Reportagem: Larissa Biscaia