A polícia apreendeu documentos e computadores em dois polos gastronômicos de Curitiba como parte das diligências da operação Mão de Vaca, desencadeada nesta quinta-feira (13) pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFRC). No local foram encontradas carnes com prazos de validade vencidos. O material será analisado pela Polícia Civil, que investiga uma quadrilha especializada no roubo de cargas refrigeradas. Os produtos eram repassados a estabelecimentos comerciais usados para ocultar a origem criminosa e lavar o dinheiro.

Três pessoas foram presas. De acordo com as investigações, a quadrilha foi responsável pelo assalto a mais de 200 toneladas de carne. O valor das cargas não foi calculado com precisão, mas passa dos R$ 5 milhões. O titular da delegacia de Furtos e Roubos, Ademair Braga, explica que a operação é resultado de uma investigação que se arrasta desde 2016, com dezenas de prisões realizadas.

Grande parte da mercadoria era distribuída em açougues de Maringá, na região noroeste do estado. “Boutiques de carne” e açougues de Curitiba também recebiam os produtos. Além de roubadas, as carnes ficavam sujeitas

O delegado Ademair Braga explica que a preferência da quadrilha era por cargas refrigeradas – carnes, peixes, frangos e até mesmo carregamentos de pão-de-alho foram roubados pelo grupo. No decorrer das investigações foram descobertas ramificações no estado de Santa Catarina.

As regiões norte e noroeste do estado devem ser alvo de novas investigações, com base nos documentos apreendidos nas ações desta quinta-feira (13). A ação da Polícia Civil recebeu o nome “Mão de Vaca”, uma referência ao apelido de um dos integrantes da organização criminosa.

Reportagem: Angelo Sfair