Tuberculose: baixa cobertura vacinal no país é motivo de alerta
Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 68,2% do público alvo foi vacinado em 2021
No dia Nacional do Combate à Tuberculose (17), a baixa cobertura vacinal contra a doença preocupa. A vacina que previne contra a tuberculose é a BCG, (Bacilo Calmette-Guérin), e de acordo com dados do Ministério da Saúde, apenas 68,2% do público alvo foi vacinado em 2021. Para se ter uma ideia, em 2015 esse índice era de 105%.
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A primeira secretária do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região (CRBM6) e mestre em Microbiologia, Parasitologia e Patologia pela UFPR, Jannaina Ferreira de Melo Vasco, ressalta que a vacinação é indicada para crianças de até dez anos de idade, sendo obrigatória aos menores de um ano de idade.
O Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), está entre os 30 países com alta carga para a doença, e por esse motivo o controle aqui é prioritário. Dados do Relatório Global Tuberculose 2022 da OMS apontam que em 2021 aproximadamente 1,6 milhão de pessoas morreram em todo mundo por causa da enfermidade.
No ano foram cerca de 10,6 milhões de diagnósticos, o que representa um aumento de 4,5% em relação a 2020. A tuberculose é uma doença grave, transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis que é passada pela tosse, espirro ou fala. Apesar de apresentar alguns sintomas característicos, nas crianças há especificidades que dificultam o diagnóstico.
A vacinação é oferecida gratuitamente pelo SUS através do Programa Nacional de Imunização. A médica alerta ainda que essa é a melhor forma de prevenir os tipos mais graves da doença.
O Brasil não possui uma epidemia generalizada de tuberculose, mas alguns grupos populacionais – devido às suas condições de vida e saúde – têm maior risco como os indígenas, portadores de HIV, diabéticos, pessoas em situação de rua, entre outros. Além da vacinação gratuita, o país também oferece exames e tratamentos pelo SUS.
Reportagem: Vanessa Fontanella