Último envolvido no sequestro de empresário é preso na Grande Curitiba
Foi preso na manhã desta terça (26) o quarto suspeito de envolvimento no sequestro de um empresário registrado no fim do mês passado na Grande Curitiba. Trata-se de Vinícius Camilo da Silva, de 23 anos. Ele mora em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana da capital, e seria amigo do soldado da Polícia Militar Janerson Gregório da Silva, preso em flagrante no dia 30 de agosto.
De acordo com o delegado Luiz Artigas, do Tigre – o grupo da Polícia Civil especializado em sequestros –, o rapaz fazia parte da dupla que rendeu a vítima e foi o responsável por esconder o carro roubado.
O suspeito era o único do grupo criminoso que ainda não havia sido preso por ter se apresentado à polícia espontaneamente. Ele fez isso depois de ficar sabendo da captura dos comparsas, prestou esclarecimentos e inclusive admitiu a participação no sequestro, mas foi liberado porque já não havia mais flagrante.
Já a mãe do PM, Sueli de Fátima Gregório da Silva, que também foi detida por estar na casa onde a vítima foi encontrada, conseguiu liberdade provisória na última sexta (22) e agora responde em liberdade.
A modelo e ex-miss Pinhais Karina Reis, de 25 anos, que já foi secretária do empresário, está presa na Penitenciária Feminina de Piraquara, na Grande Curitiba. Segundo a polícia, ela não participou diretamente da abordagem, mas planejou o crime e acompanhou a ação desde o início.
Já o namorado dela, que integra os quadros de pessoal da PM e atuava em um setor administrativo da Corporação desde 2013, está no Batalhão de Polícia de Guarda de Piraquara. Tanto o casal quanto Sueli e Vinícius são investigados por extorsão mediante sequestro e roubo.
A vítima foi encontrada com uma venda nos olhos, mordaça e estava amarrada no porta-malas de um carro na garagem da casa de Janerson, no bairro Jardim Botânico, em Curitiba. O delegado Cristiano Augusto Quintas dos Santos, também do Tigre, é quem detalha como ele acabou nas mãos dos bandidos.
Os sequestradores pediram R$ 200 mil de resgate da família da vítima, que acionou a polícia e, com isso, viabilizou a localização do cativeiro. O empresário foi libertado sem ferimentos apenas algumas horas depois de ser rendido.
Por meio de nota, a Polícia Militar diz que não compactua com desvios de conduta e que adotará todas as providências cabíveis, respeitando o princípio constitucional da ampla defesa, do contraditório e do processo legal.