Um dos policiais que desmanchou cassino ilegal presta esclarecimento
Durou mais de três horas o depoimento de um dos policiais envolvidos na operação que desmanchou um cassino ilegal em uma mansão, no bairro Parolin, no fim de janeiro. Antônio Castanheira prestou esclarecimentos da Corregedoria da Polícia Civil hoje à tarde. A ação foi considerada ilegal porque foi feita sem a autorização do comando da polícia do Paraná. Na época, o delegado geral da Polícia Civil, Marcos Vinicius Michelotto, considerou a operação como uma ação de milícias. 40 máquinas caça-níquel foram apreendidas e três pessoas foram detidas para prestar esclarecimentos. Desde então, os policiais envolvidos no caso respondem a um processo na Corregedoria da corporação. Pelo menos quatro já foram ouvidos. O advogado de Antonio Castanheira, Cláudio Daledoni, defende que a polícia deve procurar os donos do cassino ilegal e não culpar os policiais pela ação. Ele diz que o dono do cassino do Parolin é um policial civil. Um dos integrantes do Sindicato dos Investigadores de Polícia, Roberto Ramires Pereira, defende que todos os processos devem ser extintos, porque a ação foi legal. Depois da operação, três policiais foram transferidos. Semanas depois, a medida foi revogada e os policiais voltaram a trabalhar na capital. A ação que fechou uma mansão onde funcionava o cassino legal no Parolin foi feita durante a madrugada e não teve a presença de delegados. Representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB acompanharam o depoimento de hoje. A Corregedoria da Polícia Civil foi procurada, mas ninguém foi localizado para falar sobre o assunto.