Adolescente baleado em escola de Medianeira recebe alta e volta para casa
Ferido com maior gravidade no ataque a tiros na Escola João Mandreone, no mês passado, em Medianeira, no Oeste do Paraná, o estudante Bruno Raphael Facundo, de 15 anos, recebeu alta médica ontem (17). Ele foi atingido por um tiro na coluna, recebeu alta do Hospital do Trabalhador no dia 2 de outubro e desde então fazia tratamento no Centro de Reabilitação Ana Carolina Xavier, em Curitiba. A partir de hoje (18), o adolescente vai seguir com o tratamento em casa, em Medianeira.
Segundo o boletim médico, o adolescente obteve melhora significativa, com recuperação de movimentos e evolução na acessibilidade. O outro adolescente, vítima do ataque, foi atingido por um tiro de raspão e não chegou a ser internado. O autor dos disparos e outro adolescente envolvido seguem internados no Centro de Socioeducação, o Cense, de Foz do Iguaçu.
Ainda sob o trauma do ataque de um adolescente a colegas de escola no fim do mês passado, o município de Medianeira, viveu mais um susto ontem (17). Um jovem de 20 anos foi preso depois de invadir e causar pânico na Escola Municipal Carlos Lacerda, que fica a poucas quadras da Escola Estadual João Manoel Mondrone, que sofreu o ataque a tiros.
O suspeito, que estava bêbado, foi preso com uma réplica de uma pistola. Ele foi pego próximo ao muro da escola quando tentava fugir. Alguns funcionários e professores informaram à polícia que o rapaz entrou na escola e usou a arma para fazer ameaças, mas outros disseram que ele estava apenas confuso.
No momento, pouco antes da uma hora da tarde, havia poucas pessoas no local. Nos dois turnos, a escola reúne cerca de 600 alunos. O suspeito foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil, onde assinou um termo circunstanciado, e depois foi liberado.
A diretora da escola, Evelina Pereira, não quis gravar entrevista, mas contou que o rapaz é ex-aluno da escola que tem aulas de 1º a 5º ano do ensino fundamental. Ele já foi preso em outra ocasião também por ter causado problemas enquanto estava bêbado. O rapaz aparenta problemas psicológicos. Segundo a diretora, durante a invasão à escola ele estava bêbado a ponto de as pessoas não saberem o que ele dizia.
Ele segurava a arma de brinquedo e um celular. A cozinheira da escola percebeu a presença do rapaz que dizia apenas que queria a senha do wi-fi. A escola municipal fica a poucas quadras da Escola Estadual João Manoel Mondrone, onde dois adolescentes foram feridos por tiros disparados por um colega no mês passado. Por isso, uma psicóloga da Secretaria de Educação esteve na escola municipal para auxiliar alunos, funcionários e professores.
Reportagem: Narley Resende