Os deputados estaduais eleitos, após a cassação do mandato de Fernando Francischini (PSL) pelo TSE, assumem a cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná na próxima segunda-feira (8). Os suplentes foram convocados em sessão desta quarta-feira (3), que declarou vagas as cadeiras antes ocupadas pelo deputado cassado e os três parlamentares eleitos com os votos dados a Francischini. A leitura da convocação foi feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB).

Quatro candidatos de partidos distintos devem assumir o mandato deixado por parlamentares do PSL. Assumem os mandatos Adelino Ribeiro (PAT), Nereu Moura (MDB), Elio Rusch (DEM) e Pedro Paulo Bazana (PV). Ribeiro foi deputado por um mandato entre 2011 e 2014; Moura é veterano na Casa, com sete mandatos entre 1993 e 2018. Élio Rusch também foi deputado por sete mandatos no mesmo período, e assumiu o cargo duas vezes durante a licença maternidade de Maria Victória (PP). Já Pedro Banzana (PV) é o único estreante na Casa. Ex-vice-prefeito de Arapongas, na região Norte, atualmente é presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município.

Com as mudanças, a bancada do PSL, que era a maior da Alep, com oito cadeiras, perde metade das vagas, caindo para quatro deputados. A Assembleia recebeu ainda na sexta-feira (29), do TRE-PR, a ordem pela declaração de vacância dos cargos, mas preferiu aguardar a sessão ordinária desta quarta para formalizar a convocação dos suplentes. Com isso, Emerson Bacil, Do Carmo e Cassiano Caron, todos do PSL, deixam oficialmente a Assembleia Legislativa, junto com Francischini. Por ter recebido 427.749 votos nas eleições de 2018, os votos dados a Francischini elegeram outros três deputados estaduais do PSL. Agora eles também perdem o mandato.

A declaração de inelegibilidade, porém, afeta apenas Francischini. Os demais deputados podem concorrer livremente a cargos eletivos nas eleições do ano que vem, caso assim desejarem. Francischini foi condenado pelo TSE por abuso de autoridade e uso indevido dos meios de comunicação. Em 2018, com a votação ainda em andamento, Francischini disse em uma live no Facebook que estava comprovado que as urnas eletrônicas haviam sido fraudadas, para prejudicar o então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro. As denúncias nunca foram comprovadas.

Reportagem: David Musso