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Mirian Gasparin
 Felicidade é uma das metas perseguidas pelas empresas

Foto: Divulgação

O bem estar dos colaboradores é hoje uma das metas que vem sendo perseguida pelas empresas de uma forma geral. Afinal de contas, está provado que funcionários felizes produzem mais, diminui a rotatividade e conflitos e, por tabela, aumentam os ganhos das companhias.

Mas, o que é a felicidade no mundo corporativo? Eu fiz essa pergunta ao presidente da Escola Brasileira de Ciências Holísticas e cofundador do Centro de Estudos da Felicidade, com sede no Brasil, Argentina e Canadá, o professor e palestrante, Gustavo Arns, e ele me explicou que a felicidade é a combinação do bem estar físico, emocional, intelectual, relacional e espiritual das pessoas. Portanto, quando se cuida de cada um desses elementos da vida, se constrói a felicidade.

Segundo Arns, as empresas não comem, não dormem e nem regulam as emoções dos seus funcionários, mas é no local de trabalho, que os colaboradores passam a maior parte do seu tempo. Portanto, se o ambiente for tóxico, dificilmente a empresa terá profissionais felizes e produtivos. Se fizermos uma rápida pesquisa entre os trabalhadores, verificaremos que uma boa parte vai dizer que já teve a experiência de trabalhar em um ambiente tóxico.

Por isso, as corporações estão apostando em iniciativas como acompanhamento psicológico e psiquiátrico; cursos de educação financeira; espaços para “descompressão”; áreas de recreação; maior flexibilidade de horários, além da ampliação de cestas de benefícios, como tíquete-alimentação, plano de saúde e participação nos lucros.

Gustavo Arns, que é o idealizador do Congresso Internacional da Felicidade, realizado anualmente em Curitiba, e que este ano está marcado para os dias 18 e 19 de novembro, chama a atenção para a pesquisa da Organização Mundial da Saúde que aponta que a cada dólar investido no bem estar dos funcionários, se reverte em uma economia de US$ 4 para o caixa da empresa.

E será que o salário dos funcionários também é um item essencial para a gestão da felicidade no mundo corporativo? Eu fiz essa pergunta a Gustavo Arns e ele me disse que o salário é uma condição importante do mercado de trabalho e também contribui para a felicidade. Entretanto, na sua avaliação, os colaboradores buscam hoje além do salário, a sua satisfação e realização profissional.

Por fim, vale concluir que promover a felicidade corporativa não é algo individual. Da parte dos colaboradores, precisa haver disponibilidade para enfrentar os processos. É preciso estar aberto a mudanças e desenvolver o desejo de progredir. No caso das empresas, o primeiro passo para a construção da felicidade corporativa é saber ouvir os desejos e anseios dos funcionários com transparência e cordialidade.

Mirian Gasparin

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