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Mirian Gasparin

Com investimento de R$ 3 mil é possível abrir uma minicentral de monitoramento

 Mercado de segurança eletrônica se transforma em negócio rentável

O aumento da violência e dos índices de criminalidade estão impulsionando a busca por maior proteção por parte da população. Consequentemente, um dos setores que não para de crescer é o de segurança eletrônica. Só no ano passado, o setor cresceu 18% em relação a 2021 e faturou R$ 11 bilhões, de acordo com informações da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança.

Eu conversei com o empresário Marcelo Lonzetti, que é diretor da ztrax, empresa de monitoramento de pessoas e ativos, e ele me disse que, este ano, depois dos assassinatos de crianças em escolas e assaltos a lojas, um dos equipamentos de segurança que mais tem apresentado procura é o botão de pânico. Somente no primeiro semestre, as vendas aumentaram 200%.

E diante de um mercado promissor, muitos microempreendedores individuais estão apostando no setor. Para esta fatia de novos empreendedores, abrir uma minicentral de monitoramento se tornou uma opção viável, devido ao baixo investimento.

O diretor da ztrax me explicou que montar uma central de monitoramento e oferecer serviços de segurança eletrônica são atividades que ainda precisam ser regulamentadas, mas hoje existem muitas empresas e pessoas que começam este trabalho pequeno e vão se estruturando.

Segundo Lonzetti, a minicentral de monitoramento é ideal para iniciar um negócio próprio de maneira legal e com investimento de apenas R$ 3 mil. Ao adquirir o kit mínimo de 10 botões de pânico e uma licença no sistema para receber os alarmes no desktop, já dá para começar a trabalhar com o monitoramento de pessoas através de botões portáteis de emergência. Outra possibilidade de empreender é através do fechamento de acordos com condomínios, monitorando esses locais.

Qual é o perfil dos novos empreendedores que estão se lançando da área de segurança eletrônica?

De acordo com o diretor da ztrax, o perfil dos novos empreendedores é composto, em sua maioria, de instaladores e implantadores de equipamentos de segurança, que conhecem a tecnologia, sabem do que cada condomínio da sua cidade precisa e entendem de sistemas de monitoramento e vigilância.

Ainda segundo Marcelo Lonzetti, cidades pequenas são carentes de sistemas de segurança e as minicentrais de monitoramento podem preencher esta lacuna, principalmente em projetos pontuais como bairro seguro ou demais ações comunitárias. Por fim, só para se ter uma ideia do tamanho do mercado de segurança eletrônica, são mais de 33 mil empresas no Brasil que, juntas, são responsáveis por gerar um milhão de empregos diretos e mais de três milhões indiretos, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança.

Ouça a coluna desta quarta-feira (12):

Mirian Gasparin

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