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Mirian Gasparin
 Negócios entre Brasil e Alemanha deverão se intensificar este ano

Foto: divulgação AHK

O Brasil voltou a ser analisado por empresas da Alemanha em função do potencial do seu mercado consumidor, como fornecedor de alimentos, por exemplo, e como local de produção. Já o Paraná, continua sendo um mercado atraente para investimentos alemães nas áreas estratégicas do estado, com destaque para setores automotivo, eletrônico, life sciences, tecnologia para a agroindústria e energias renováveis.
As informações são do diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha e cônsul honorário da República Federal da Alemanha em Curitiba, Andreas Hoffrichter, que esteve reunido, nesta manhã, com um grupo de jornalistas e diretores de empresas alemãs, que operam no Paraná.


O diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha prevê que 2023 será um bom ano para os negócios bilaterais, principalmente com oportunidades na área de energias renováveis, na qual Brasil e Alemanha podem colaborar para diversificar o fornecimento de energia limpa e sustentável, além de aumentar a eficiência energética. O executivo chama a atenção para o fato de que o Brasil tem uma matriz energética com 85% de fontes renováveis, uma posição única no mundo. E a produção de hidrogênio verde certamente é um tema de destaque neste contexto.
Ao comentar sobre a situação do País, Andreas Hoffrichter disse que o Brasil continua avançando, mas precisa continuar neste caminho para combater a ineficiência estatal em todos os níveis, reduzir o inchaço da máquina pública e combater a corrupção que ainda assola o nosso país.
É necessário, ainda, facilitar o investimento privado nacional e estrangeiro na infraestrutura, reduzir a intervenção estatal, desburocratizar, desregulamentar e intensificar a privatização das empresas estatais, abrir o nosso mercado e garantir segurança jurídica aos investidores.
Quanto aos negócios entre Brasil e Alemanha, o volume de comércio entre os dois países é de cerca de 16 bilhões de dólares por ano. Segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil e Alemanha, do ponto de vista brasileiro, investidores alemães são tradicionalmente muito bem recebidos. Ou seja, a “química” entre brasileiros e alemães é muito boa e as duas culturas se complementam.

Em termos geopolíticos o Brasil é um refúgio de paz para o mundo e a América Latina. Apesar dos impactos econômicos da pandemia, o PIB cresceu 3,2 % em 2022, a dívida pública é menor do que 80 % do PIB e as reservas cambiais totalizam os 350 bilhões de dólares.

Mirian Gasparin

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