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Mirian Gasparin
 O que leva os consumidores a desistirem de uma compra?

Foto: Divulgação

Muito tem se falado sobre o que faz uma marca ser amada. Aliás, as empresas de todos os setores têm investido em campanhas para encantar os clientes, em busca do título top of mind.  

Porém, o que leva uma marca ou um produto a ser desprezado pelos consumidores?  Acontece que as empresas não vivem só de novos consumidores. E aí fica claro que as experiências pessoais e negativas de clientes com marcas e seus produtos é o principal gerador de aversão. Porém, estes não são os únicos fatores. Um estudo realizado pela startup Orbit Data Scienceaponta que ideais e convicções pessoais dos consumidores já são responsáveis por grande parte da decisão de não comprar um produto ou determinada marca, tanto em situações de conflitos com os posicionamentos de empresas, quanto de seus donos e funcionários. Só para se ter uma ideia, 25% dos pesquisados deixam de comprar de marcas que estão associadas a algum partido ou ideal político.

Essa pesquisa, que eu recebi hoje, analisou qualitativamente queixas em comentários de usuários. No total, foram capturados e filtrados mais de 3.500 comentários relacionados aos termos “não compro mais”, “parei de comprar” e “não compre”, entre janeiro e setembro de 2023.

Entre as constatações desse estudo, o que chama a atenção é que apenas 10% dos consumidores deixam de comprar de uma marca por fatores financeiros. Por outro lado, 40% das pessoas não compram de marcas com as quais já tiveram experiências negativas e quase 30% deixam de comprar produtos que não supriram as suas necessidades em termos de qualidade.

A área de alimentação é líder. Em seguida estão as plataformas de compra, eletrônicos, vestuário e higiene pessoal.

Já a inflação e o aumento de preços em produtos do dia-a-dia fazem com que consumidores optem por opções mais baratas. Cerca de 7% dos usuários que possuem fatores financeiros como prioridade compartilham suas insatisfações com o aumento dos preços em seus produtos favoritos e alegam que a concorrência é mais barata.

Mirian Gasparin

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