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Mirian Gasparin

Com um bom programa de gestão de riscos, as empresas enfrentarão efetivamente os problemas

 A importância de ter um programa de gestão de riscos

Imagem: Pixabay

Seja qual for a atividade ou tamanho, quase todas as empresas, em algum momento de sua existência, já passaram por alguma adversidade, seja ela financeira, operacional, logística, administrativa ou societária.  Afinal de contas, as dificuldades fazem parte do risco de qualquer negócio.

Algumas crises acabam sendo resolvidas e a empresa consegue continuar suas atividades normalmente. Outras, entretanto, acabam resultando no fechamento do negócio. 

Agora, não se pode esquecer que quando se fala em crise, as empresas que contam com um bom programa de compliance, certamente enfrentam os problemas de uma forma mais efetiva. É que através dos Comitês de Crises, os protocolos são definidos para cada tipo de crise e mapeados dependendo do tipo de negócio.

Quando o Comitê de Crise realmente funciona, a crise pode virar uma oportunidade muito interessante, até para a reputação da empresa.

Porém, as empresas que não contam com comitês de crise e têm dificuldades de comunicação, quando a primeira dificuldade bate na porta, o perigo já se instalou.

Eu tenho conversado com especialistas em gestão de crises, e eles têm se mostrado otimistas com o número de empresas que estão implantando programas de compliance. Por exemplo, uma pesquisa da KPMG apontou que nos últimos três anos, um terço das empresas brasileiras criou a área de compliance,

Agora, o mais importante é que um programa de gestão de riscos não pode ser visto apenas como um mecanismo que busca ajudar a evitar corrupções dentro de uma empresa, mas também uma ferramenta que irá contribuir para que a instituição se consolide no mercado de forma séria e comprometida.

Para implementar um Programa de Compliance na empresa é preciso buscar um profissional que possua habilidades para a função e com capacidade de dialogar com os diferentes setores da organização, sem abrir mão dos pilares éticos e morais na tomada de decisões.

Também é importante estabelecer um sistema de fiscalização. Para isso, a empresa precisa criar um canal de denúncias para que os colaboradores, clientes e fornecedores possam denunciar comportamentos inadequados e, assim, de fato, colocar o programa em prática.

O departamento, ou responsável pelo programa, deverá analisar meticulosamente todas as denúncias para identificar o que realmente é válido dedicar mais atenção e o que demonstra gravidade ou não. É assim que o programa será implementado gradualmente na empresa.

Outro ponto importante que deve ser lembrado sempre é o monitoramento da implementação desse programa. O acompanhamento de perto faz com que o funcionamento seja cada vez mais lapidado e assertivo.

Por fim, e não menos importante, a integração e o engajamento de todos os colaboradores e terceiros é um ponto fundamental para que todo o programa ocorra de maneira bem-sucedida e eficaz, trazendo resultados promissores para a construção de uma boa reputação da empresa, desenvolvida a partir do compromisso, credibilidade e responsabilidade da instituição.

Confira abaixo a coluna em áudio:

Mirian Gasparin

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