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Mirian Gasparin

Genéricos são destaque no faturamento do setor farmacêutico.

 Venda de genéricos completa 25 anos no Brasil

Foto: Divulgação Cimed

Os medicamentos genéricos estão completando 25 anos no Brasil. A regulamentação da lei em fevereiro de 1999 deu início a uma jornada de sucesso e vem contribuindo para o crescimento da indústria farmacêutica brasileira.

Eu conversei ontem com o CEO da Cimed, que é a terceira maior indústria farmacêutica do país em volume de vendas, João Adibe, e ele me informou que hoje 35% da população brasileira consome medicamentos genéricos, mas este percentual deveria ser bem maior, uma vez que 50% dos receituários poderiam ser trocados pelos genéricos. Na sua opinião, uma boa parte da classe médica acaba não promovendo os medicamentos genéricos como deveria e continua optando pelas marcas.

Vale destacar que a Lei 9787, não apenas regulamentou os genéricos, mas também estabeleceu que eles devem ser, no mínimo, 35% mais baratos que os remédios de referência. Nos balcões das farmácias, essa diferença pode chegar a 70%. Agora, o sucesso do segmento, depois de duas décadas e meia, não se baseia apenas no custo, mas também na sua confiabilidade. De acordo com o CEO da Cimed, quanto mais a indústria promover os genéricos, maior credibilidade eles terão.

Outro ponto defendido por João Adibe é a prevenção das doenças e não apenas o tratamento curativo. Aliás, desde o início da venda dos genéricos, a expectativa de vida, não só dos brasileiros, como dos paranaenses, aumentou bastante. Em 1999, por exemplo, a expectativa de vida era de 68 anos. De acordo com os últimos dados, em 2021, no Paraná, este número subiu para 78 anos.

Quanto à venda de medicamentos genéricos, somente no Sul do Brasil, de acordo com dados da ProGenéricos, em 2023, foram vendidos mais de 410 milhões de medicamentos.  A Região Sul responde por 36% da participação total de vendas de genéricos no Brasil, perdendo apenas para o Sudeste que detém uma fatia de 39%.

Os genéricos e similares foram destaque no desempenho do balanço do último ano da Cimed. Do faturamento total de R$ 3 bilhões, mais de R$ 1 bilhão vieram da comercialização de genéricos.

No Paraná, em 2023, a Cimed liderou a venda em Genéricos com 25% do mercado, com cerca de 13 milhões de unidades.

Por fim, a Cimed liderou o Top 10 de empresas que mais cresceram nos últimos 12 meses em volume de vendas, com avanço de 39% até fevereiro deste ano, enquanto o mercado como um todo registrou crescimento 12,03%, segundo levantamento da Consultoria Close-Up Internacional, divulgado esta semana.

Mirian Gasparin

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