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Mirian Gasparin

Com estoques menores, preços do frango já subiram 14%.

 Setor avícola projeta crescimento para 2024  

Foto: Divulgação

Depois de um ano de estabilidade, o mercado avícola brasileiro voltará a crescer em 2024. Além do aumento na demanda no mercado interno, as exportações de carne de frango também devem dar um maior impulso ao setor.

Eu conversei com o CEO da GTFoods, Rafael Tortola, que está em Curitiba participando da ExpoApras, e ele me explicou que em 2023 a indústria de frango teve que se adequar à demanda, baixando os estoques em função da retração do mercado, tanto nacional quanto internacional. No entanto, a partir do último trimestre do ano passado e primeiro trimestre de 2024, a demanda voltou a crescer, o que fez com que os preços também subissem.

Só para se ter uma ideia do que está acontecendo nesse mercado, o consumo per capita de carne de frango no Brasil é de 46 quilos/ano. Porém, deve chegar a 48 quilos/ano. No entanto, as indústrias estão trabalhando com uma média per capita de 45 quilos/ano. Com produção menor e demanda maior, os preços foram reajustados em 14% no primeiro trimestre.

O CEO da GTFoods, que engloba as marcas Bellaves, Brasil Embalagens, Canção Alimentos e Lorenz prevê que os preços do frango ainda podem subir mais 5%.

Eu perguntei ao executivo sobre quais as expectativas de exportação de carne de frango para os próximos meses e ele me informou que em função da alta do dólar, certamente aumentará. De acordo com Rafael Tortola, a GTFoods exporta 30% da sua produção, mas espera elevar este percentual para 35% até o final do ano. A indústria paranaense, com sede em Maringá, e com 29 unidades de produção, exporta para 100 países. No mercado interno, é a sexta maior produtora de carne de frango, estando presente em quase todos os estados brasileiros.

O CEO do grupo GTFoods me adiantou que está bastante otimista para este ano e projeta um crescimento de 15% no faturamento, que deve chegar a R$ 4 bilhões. Do total das receitas, 90% decorrem da venda da carne de frango.

Vale destacar também que a GTFoods, iniciou a produção e venda de pescado, no ano passado, e pretende se tornar uma das cinco maiores empresas do Brasil na produção de tilápia.

Mirian Gasparin

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