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Mirian Gasparin

Terminal curitibano é o mais importante hub de transporte de cargas aéreo do Sul.

 Afonso Pena é o quinto aeroporto do Brasil em importações aéreas 

Foto: Divulgação Pac Log

O Aeroporto Internacional Afonso Pena vem apresentando crescimento expressivo no que diz respeito a movimentação de cargas, desde que a CCR Aeroportos assumiu a concessão em abril de 2022. No período de 18 meses, o terminal de cargas do Aeroporto Internacional Afonso Pena se tornou o quinto maior do país em volume de produtos importados, atrás apenas dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos, Galeão e Manaus.

Eu conversei com a gerente de cargas da CCR Aeroportos, a executiva Lilian Françoso, e ela explicou que este crescimento se deve ao aumento de quatro para nove voos de carga internacionais por semana, além da elevação no número de rotas, frequência de pousos e decolagens. Também os investimentos em tecnologia aumentaram a confiabilidade do aeroporto, que passou a ser procurado como mais interesse por empresas logísticas internacionais.

A gerente da CCR Aeroportos me disse que o setor de cargas do Afonso Pena deve crescer ainda mais, pois tem demanda para dobrar o número de cargueiros. Segundo a executiva, 65% de todo o volume importado pelas empresas paranaenses ainda é realizado pelo Aeroporto de Guarulhos. E é buscando reconquistar essas cargas, que a concessionária vem mantendo entendimentos com as empresas importadoras do Paraná.

Outro ponto importante para a atração de novas companhias aéreas e aviões cargueiros é o incentivo oferecido pelo governo paranaense por intermédio  da Invest Paraná.  As companhias recebem um tratamento diferenciado no recolhimento do ICMS que incide sobre o querosene de aviação civil. Em contrapartida, as empresas devem cumprir uma série de requisitos em prol do fortalecimento da aviação civil no Estado.

Em relação à movimentação, em um ano, ou seja, de setembro de 2022 a setembro de 2023, o terminal de cargas do Afonso Pena movimentou quase 14 milhões de toneladas de cargas, ou mais de um milhão de toneladas mensais.

Segundo me informou a gerente de cargas da CCR Aeroportos, atualmente, do total do volume de cargas importadas, 32% pertencem a indústrias do setor farmacêutico; 23% se referem a maquinário; 14% eletroeletrônicos; 6% são cargas para o setor automotivo e 3% se referem a produtos para a indústria alimentícia.

Por fim, Lilian Françoso, destaca o bom momento do aeroporto de Curitiba no segmento logístico nacional. De acordo com a executiva, graças ao trabalho realizado pela CCR Aeroportos em parceria com a Pac Log, administradora do terminal de cargas, o Afonso Pena foi transformado num hub de destaque para o setor de importações brasileiro. A expectativa é consolidar o terminal como uma opção de grande valia para companhias de todas as partes do mundo.

Mirian Gasparin

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