Colunistas // Mirian Gasparin

2023 está terminando com o setor imobiliário bastante otimista não só em relação aos números deste ano, como também já pensando na continuidade de crescimento para 2024.

No caso específico do mercado imobiliário comercial de Curitiba, o que se vê é uma grande demanda por pontos comerciais em alguns bairros da cidade. Por outro lado, sobram lojas no centro da cidade.

Eu conversei com o presidente da Confraria Imobiliária de Curitiba, o empresário Carlos Eduardo Canto, e ele me contou que em alguns bairros de Curitiba e ruas como Padre Anchieta e República Argentina não há pontos comerciais disponíveis. Também se verifica algumas situações inimagináveis, como por exemplo, hoje o custo do aluguel de uma loja localizada no bairro Sítio Cercado está acima de um imóvel comercial no Batel. Também no bairro Ahú, verifica-se um grande crescimento na área de imóveis comerciais, e isso acaba puxando o setor residencial.

Já a explicação pelo desinteresse por pontos comerciais nas ruas do centro de Curitiba é justificada pelo presidente da Confraria Imobiliária de Curitiba, à falta de segurança nesses locais.

E a boa demanda por imóveis comerciais tem elevado o preço dos aluguéis em Curitiba. Hoje o preço médio do metro quadrado para aluguel comercial está acima de R$ 40 e a exemplo do que ocorre em todo o Brasil, atinge o maior patamar dos últimos dez anos. Só para se ter uma ideia, segundo a última pesquisa FipeZape, o preço de locação de lojas e salas comerciais localizadas na Capital subiu 10,5% em 12 meses, ou o dobro da inflação. 

Também o aluguel de galpões industriais está aquecido. Na opinião do empresário Jorge Favretto, que é diretor da Favretto Imóveis, isso se deve ao crescimento industrial e pela busca por áreas estratégicas na região sul de Curitiba, Araucária e Fazenda Rio Grande.

Por fim, outro cenário que passa por reformulações é apresentado pelo empresário Sergio Zimmermann, da Estruturar Imóveis Comerciais, que trabalha com locações sob medida. Segundo Zimmermann, segmentos como os de farmácias, mercados, fast food e centros médicos seguem um ritmo de expansão estável. Já o setor de cooperativas de crédito está absorvendo o nicho deixado pelos bancos, que reduziram o atendimento presencial. Esse movimento faz com que o mercado de locação comercial mantenha tendência de alta para 2024, que aliás, é um ano de grande expectativa para o segmento de imóveis comerciais.