Colunistas // Mirian Gasparin

Estudos mostram que a longevidade é uma realidade. As pessoas estão vivendo cada vez mais, abrindo boas oportunidades para a indústria e varejo.

Considerando a população mundial, temos no mundo, hoje, se somarmos todas as pessoas entre 80 e 100 anos, uma estimativa de 79 milhões de pessoas. Este número corresponde praticamente a toda população da Alemanha. Em termos de Brasil, o último censo do IBGE revelou que o nosso país tem mais de 37 mil habitantes com mais de 100 anos de idade. Só aqui no Paraná moram 1300 pessoas com mais de 100 anos. Já os idosos brasileiros com mais de 65 anos passam de 22 milhões.

A população da melhor idade é uma força que deve ser reconhecida, com impacto nos negócios, pois abre portas para o lançamento de produtos e serviços inovadores e essenciais.

Nesse sentido, o varejo precisa se adaptar às necessidades específicas dos consumidores mais velhos, priorizando acessibilidade e atendimento personalizado, com estratégias de marketing ajustadas para alcançar efetivamente esse público, investindo em canais de comunicação que entendam suas necessidades.

E eu vou ainda mais além: por que não começar a pensar em lojas voltadas somente para idosos? Só para se ter uma ideia, de acordo com os últimos dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a população idosa do Brasil movimenta nada menos do que R$ 400 bilhões ao ano. Portanto, é um bom dinheiro para ser perseguido pelos empreendedores.

E quais os tipos de negócios para a terceira idade que podem ser desenvolvidos pelos empreendedores? Hoje os negócios mais comuns giram em torno de saúde ou lazer, como serviços de cuidadores ou pacotes de turismo exclusivos para casais ou grupos acima de 60 anos.

O ideal daqui para frente é diversificar as áreas, dando espaço aos negócios que estimulem a independência e autonomia dos idosos, afinal de contas eles representam quase 12% do total da população brasileira.