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Mirian Gasparin

400 trabalhadores foram contratados para o projeto de minicarregadeira

 Indústria paranaense dobra produção com nova unidade de montagem

Foto: Divulgação

Apostando no crescimento da construção civil e no setor de infraestrutura, a Caterpillar Brasil inaugurou na tarde de ontem uma nova linha de montagem em sua unidade de Campo Largo. A indústria que está no Paraná, há 11 anos, fabricando retroescavadeiras e carregadeiras,  passa a partir deste mês a produzir miniescavadeiras. Aliás, a Caterpillar é a primeira indústria no Brasil a produzir minicarregadeiras no País. Com a nova linha de montagem, a fábrica paranaense dobrará a sua produção

E para suportar o aumento da atividade fabril, a unidade está adicionando 400 novos postos de trabalho, incluindo profissionais de operações, engenheiros, especialistas de qualidade, desenvolvedores de fornecedores e compradores.

Eu estive presente na inauguração da nova linha de montagem da Caterpillar e conversei com o presidente da companhia no Brasil, Odair Renosto. O executivo me informou que 90% da produção de miniescavadeiras serão destinadas ao mercado externo, para atender pedidos de empresas da América do Norte, América Latina, Europa, África, Oriente Médio e Ásia. Os 10% restantes suprirão o mercado brasileiro.

A instalação dessa linha demandou otimizações no processo fabril, automatização de sistemas de solda e abastecimento de fluídos, bem como a introdução de ferramentas da indústria 4.0.

O presidente da Caterpillar Brasil faz questão de destacar que o investimento realizado neste projeto está contribuindo desde já para o crescimento da empresa, para a geração de trabalho e renda e para a prosperidade do município de Campo Largo e do Paraná. Segundo Renosto, cada máquina produzida aqui e embarcada mundo afora sai com a placa made em Campo Largo, numa mostra da garra e talento dos paranaenses. 

A indústria brasileira tem procurado cada vez mais nacionalizar os seus componentes. Com a pandemia, quando se acentuou a falta de produtos importados, principalmente da Ásia, ficou ainda mais claro para o setor industrial do Brasil, a necessidade de nacionalizar boa parte dos itens trazidos do exterior.

O presidente da Caterpillar Brasil me explicou que a maior parte dos componentes utilizados na montagem são importados. No entanto, a indústria pretende chegar a 50% de nacionalização, que é o índice exigido para que as máquinas e equipamentos possam ser financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e Social, o BNDES. Para alcançar os 50% de nacionalização, a Caterpillar irá formar desenvolvedores de componentes, que sairão de empresas instaladas no Paraná.

Por último, em relação à produção, a indústria que ocupa uma área de 50 mil metros quadrados, começou produzindo, este mês, quatro miniescavadeiras/dia. Porém, sem revelar os números exatos da produção futura, o presidente da Caterpillar me garantiu que a fabricação alcançará milhares de equipamentos por ano.

Confira abaixo a coluna em áudio:

Mirian Gasparin

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