Colunistas // Mirian Gasparin

Com a alta taxa de juros praticada no Brasil, os donos de pequenos negócios estão pensando mais na hora de buscar crédito. E isso pode ser constatado na 3 ª edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. De acordo com a pesquisa, entre abril e maio, 73% dos empreendedores não buscaram crédito nos três meses anteriores a este estudo. Este percentual está cinco pontos percentuais acima da primeira edição da pesquisa, realizada em agosto do ano passado.

Além das altas taxas de juros, a pesquisa também mostra a dificuldade na concessão de empréstimo. Apenas 4 de cada 10 donos de pequenos negócios que pediram crédito conseguiram uma resposta positiva da instituição financeira.

Outro ponto da pesquisa do Sebrae, que chama atenção, é que mais de 60% dos pequenos negócios possuem dívidas e, desse total, 26% estão com atrasos nos pagamentos desses débitos. No caso específico de microempreendedores individuais a situação é ainda mais grave, uma vez que 61% possuem mais de 30% dos custos mensais comprometidos com dívidas.

E, embora solicitar crédito seja uma decisão importante para o futuro de um negócio, é também um passo que merece cautela. Dessa forma, antes de fechar qualquer tipo de empréstimo, o empresário deve saber se os recursos são realmente necessários, qual o valor exato que deve ser emprestado e onde este dinheiro será utilizado.

Aliás, esta é a base para a tomada de decisão e, mais importante ainda, para a busca da melhor fonte de crédito.

Hoje são diversas as situações que levam uma empresa a buscar crédito nos bancos. Entre os principais motivos podemos citar a manutenção do capital de giro; pagamento de dívidas; compra ou manutenção de equipamentos e necessidade de investimentos. 

Agora, as taxas de juros são aspectos fundamentais a serem analisados pelos empresários antes de solicitarem um empréstimo. Nos bancos, as taxas são sempre mais altas, bem como a exigência por melhores garantias. No entanto, o valor é maior que de outras fontes de recursos.

Já em métodos alternativos, como por exemplo a antecipação de recebíveis, solicitada junto a uma fintech financeira, os juros certamente serão mais baixos, afinal, trata-se de uma solução que recupera um valor já pago, mas que foi parcelado. Ou seja, dinheiro imediato e com condições de parcelamento mais acessíveis.