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Mirian Gasparin

Grande concorrência força atendimento mais eficiente.

 Mercado livre de energia favorece caixa das empresas

Foto: Freepik

Sem dúvida alguma, a energia é o motor que impulsiona a economia. E, nos últimos anos, o setor elétrico brasileiro vem sofrendo expressiva modificação. O mercado livre de energia, por exemplo, que permite que as empresas escolham o seu fornecedor, vem crescendo a passos largos e possibilitando uma boa economia no caixa.

No entanto, para fazer parte do mercado livre de energia existem alguns requisitos, como possuir uma demanda contratada mínima de 500 kW e ser atendido em média ou alta tensão. Mas, desde janeiro, todos os clientes conectados em média tensão estão podendo aderir ao Mercado Livre de Energia através de um Comercializador Varejista.

Eu conversei com o presidente da Tradener Comercializadora de Energia, o empresário Walfrido Avila, e ele me disse que o fechamento de contratos tem crescido bastante e a expectativa é que 135 mil consumidores deverão ser atendidos, este ano, pelos comercializadores varejistas de energia. Segundo o empresário, atualmente, praticamente todas as empresas que consomem mais de 3 megawatts de energia já fazem parte do mercado livre de energia. O próximo passo é abrir para os clientes residenciais.

Eu perguntei ao presidente da Tradener sobre como ele encara a grande concorrência de empresas neste mercado e ele me disse que a concorrência é saudável, e força um atendimento mais eficiente. Entretanto, na sua opinião, precisa haver uma melhor regulação para que não haja distorções nos preços.

As projeções para o mercado de energia em 2024 são positivas. Há grande probabilidade de os preços permanecerem baixos ao longo do ano, com pouca volatilidade e também pouca influência por conta dos preços internacionais do petróleo e do gás natural. Outro ponto positivo é que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão entre os mais altos da história para essa época, e o ritmo de chuvas se mostra na normalidade.

Já a reforma tributária e o movimento dos governadores para aumentar as alíquotas de ICMS pode aumentar a carga de impostos. Por sua vez, as políticas governamentais em implementação não apontam para qualquer esforço na redução dos subsídios sobre as contas de energia.

Portanto, em um cenário em constante evolução do mercado de energia, é fundamental para as empresas estarem cientes das tendências de preços e das mudanças no ambiente energético. Isso não apenas permitirá a melhor gestão de custos, mas também abrirá portas para identificar oportunidades no mercado de energia.

Mirian Gasparin

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