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Mirian Gasparin

Reserva de emergência é fundamental para a saúde financeira do negócio

 Reserva financeira não deve ser confundida com capital de giro

(Foto: Freepik)

É muito comum, principalmente nos pequenos negócios, uma máquina quebrar, ter que fazer o desligamento de um colaborador, ou então, contratar mais pessoas para dar vazão à demanda. Todas essas situações demandam gastos imprevistos. E, nesses momentos, a reserva de emergência é essencial para reduzir os impactos no caixa e ajuda no planejamento financeiro do negócio.

Acontece, que muitos microempreendedores individuais e donos de pequenas empresas, têm dúvidas ou até mesmo, não sabem, como montar uma reserva de emergência. Alguns empresários acham que basta apenas pegar uma parte do dinheiro do caixa e separar. Contudo, é necessário analisar as necessidades do negócio, conhecer a realidade financeira e entender as emergências que podem acontecer.

É muito importante que os empresários entendam que reserva financeira é diferente de capital de giro. O capital de giro é um dinheiro guardado para pagar as despesas de curto prazo como aluguel, energia elétrica, telefone, reposição de estoque, entre outras. Já a reserva de emergência é um valor guardado para as despesas inesperadas. Como exemplo, vamos considerar que o único forno de uma pequena padaria estragou. É evidente que não dá para esperar virar o mês para ver se sobrou dinheiro para o conserto. Afinal, o forno é o principal ativo operacional do negócio. Sem forno, não tem pão, e sem pão, não tem como vender e ganhar dinheiro. Nesse caso, o empresário tem que providenciar a manutenção. O dinheiro para o pagamento do conserto deverá sair da reserva de emergência.

Muitos empreendedores deixam de fazer a reserva de emergência sabendo que podem contrair um empréstimo ou usar o cartão de crédito. Só que os juros e as demais dívidas vão comprometer o controle financeiro do negócio. Como o pequeno empresário deve fazer uma reserva financeira para cobrir os imprevistos?

Muitos empresários acham que o jeito certo é só separar um percentual por mês. Mas há formas mais inteligentes de organizar esse movimento financeiro. O primeiro passo é analisar as finanças da empresa e fazer um planejamento financeiro. O segundo passo é reduzir os custos e otimizar as despesas.
Quando o empresário souber os valores que tem em mãos, o que gasta e o que ganha, dá para pensar em aumentar a receita.
Por fim chegou a hora de definir um valor a ser guardado e fazer os ajustes quando necessário. O princípio básico de como calcular a reserva de emergência é pensar numa meta. Especialistas recomendam uma reserva de 6 a 12 vezes do valor gasto mensalmente. É claro, que dificilmente se alcançará isso em apenas um mês. Então é bom separar um percentual que não prejudique as contas, mas sabendo qual é a meta. Também é importante ser consistente. Melhor guardar R$ 10 todos os meses do que definir que será R$ 200, mas nunca guardar.

Ouça a coluna desta terça-feira (13):

Mirian Gasparin

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