COLUNAS

Colunistas // Mirian Gasparin

Mirian Gasparin

Sonho de consumo das mulheres contribui para o crescimento da indústria e varejo de calçados

 Setor calçadista produz 843 milhões de calçados no ano

Foto: reprodução

Comprar sapatos e bolsas é um dos maiores sonhos de consumo das mulheres. E isso pode ser provado através de pesquisas, que apontam que as consumidoras gastam mais com sapatos do que com alimentação. Só para se ter uma ideia, um estudo realizado pela Fecomercio mostra que, em média, as brasileiras gastam 150% a mais por ano com calçados femininos do que com do que com a compra de feijão e pão francês e o dobro do dinheiro do que gastam com legumes, verduras e leite.  

É claro que no primeiro ano da pandemia e com o isolamento social o setor de calçados, seja na produção ou no varejo, sofreu bastante. No ano passado, a produção cresceu 9,8% e, este ano, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados estima um aumento de 3%, com a fabricação de 843 milhões de pares. No varejo calçadista, o IBGE apontou um aumento nas vendas de 4% nos dez primeiros meses de 2022.

Já para 2023, o setor não está tão otimista e projeta um crescimento de apenas 1,6%. A justificativa para o menor ritmo de crescimento não se dá pelo mercado interno, mas sim pela desaceleração internacional e inflação mundial, provocada, principalmente, pela guerra no Leste Europeu. Outro motivo é o retorno gradual da China no mercado internacional, o que deve provocar uma queda de quase 6% nas exportações de calçados ao longo do próximo ano.

De acordo com informações da Abicalçados, o mercado doméstico, responde hoje por 85% das vendas, mas um dos componentes que está prejudicando os negócios é o alto endividamento dos consumidores. Em termos de indústrias, o Paraná conta hoje com 403 fábricas de calçados de todos os tamanhos, sendo 33 localizadas em Curitiba.  

Confira a coluna em áudio:

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin